Rio de Janeiro continua com o valor do metro quadrado mais caro do país, com R$ 9.323, segundo o índice FipeZap - Freepik
Rio de Janeiro continua com o valor do metro quadrado mais caro do país, com R$ 9.323, segundo o índice FipeZapFreepik
Por Cristiane Campos
Balanço do primeiro semestre divulgado pelo índice FipeZap aponta alta de 1,11% no preço médio de venda de um imóvel residencial. O resultado é uma variação de +0,08 % esperado para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período. Na comparação entre a variação acumulada do índice e a inflação esperada no mesmo período, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com alta real de 1,03%. Avaliando por cidade, a maior parte das capitais monitoradas apresentou avanço no preço médio de venda de imóveis residenciais no período, com destaque para Florianópolis (+4,16%), Curitiba (+3,24%) e Campo Grande (+2,98%). Apenas três registram queda nominal no preço médio dos imóveis: Recife (-3,88 %), Fortaleza (-1,35%) e João Pessoa (-0,38%).
Confira o preço médio de venda residencial
Publicidade
O valor médio do metro quadrado calculado foi de R$ 7.294/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. A pesquisa teve como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda em junho. O Rio de Janeiro, por exemplo, se manteve como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.323/m²). Em seguida, aparecem São Paulo (R$ 9.132/m²) e Brasília (R$ 7.491/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m², figuraram: Campo Grande (R$ 4.256/m²), Goiânia (R$ 4.309/m²) e João Pessoa (R$ 4.313/m²).
Minha Casa, Minha Vida segura o mercado na pandemia
Publicidade
Outra pesquisa, desta vez da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), indica que o programa Minha Casa, Minha Vida registrou crescimento de 10,5% nos lançamentos e 20,3% nas vendas no último trimestre encerrado em abril. Segundo informações compartilhadas por empresas associadas à Abrainc, os lançamentos somaram 3.632 unidades em abril, totalizando 18.410 imóveis lançados no período (volume que corresponde a um crescimento de 2,2% em relação ao mesmo trimestre de 2019) e 112.695, nos últimos 12 meses (aumento de 9,9% frente ao registrado nos 12 meses anteriores). Já as vendas de imóveis novos somaram 8.836 unidades em abril, com montante de 29.202 imóveis comercializados nos últimos 3 meses (o que representa um avanço de 6,7% frente ao mesmo período de 2019) e 118.098 nos últimos 12 meses (alta de 2,4% em relação ao período anterior).

Já os empreendimentos de médio e de alto padrão apresentaram, nos últimos três meses, queda de 18% no número de lançamentos e de 24,7%, no volume comercializado. Com a retomada controlada das atividades econômicas, a expectativa é que o segmento de médio e de alto padrão e o mercado em geral possam recuperar o ritmo observado até a chegada da pandemia, pois o setor está sendo estimulado com várias medidas, entre elas cortes na taxa básica de juros, pacotes e outras iniciativas.