Publicado 01/07/2020 19:56
Hoje, Dia Mundial da Arquitetura, a coluna reuniu profissionais para saber o que eles pensam sobre os impactos do novo coronavírus no setor e, principalmente, o que eles já visualizam para o segmento pós-pandemia. Escrever sobre arquitetura é relembrar a importância de Oscar Niemeyer, responsável pelas obras que realizou em Brasília como os palácios da Alvorada e do Planalto, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Panteão da Liberdade, a Catedral de Brasília e o Complexo Cultural da República João Herculino, dentre outros projetos de repercussão. Paulo Niemeyer, bisneto de Oscar, em bate-papo com a Staedtler Brasil, fabricante alemã de materiais de escrita, pintura e desenho, fala sobre a importância da profissão para a sociedade, pois o profissional não projeta apenas residências, mas também ambientes de trabalho, de vivência, teatros, museus e diversos outros. "Um pensamento recorrente da minha profissão é: como posso fazer a diferença e ajudar ao próximo, com ou sem o meu trabalho? Estamos vivendo uma época de pandemia e que novos problemas surgiram, o que exigirá de nós, arquitetos e urbanistas, novas soluções ou - até mesmo - retomar questões que foram esquecidas ou abandonadas", reflete Niemeyer.
O arquiteto diz ainda que acaba de criar o novo Espaço Niemeyer, dentro do shopping Cittá América, na Barra da Tijuca. Segundo ele, o local terá três espaços: um pequeno museu permanente com trabalhos da arquitetura Niemeyer, que ficará aberto ao público; uma Escola Niemeyer, com propostas de encontros, debates e palestras, a partir de sua proximidade com o Oscar; e uma galeria para pequenas e médias exposições temporárias, aliados ao instituto Niemeyer, o qual preside e que vai formar grupos de pessoas e projetos sociais de importância e relevância na difusão da cultura e arte do Brasil e do exterior.
Para Sérgio Conde Caldas, sócio fundador do escritório SCC Arquitetura e da empresa Opy Soluções Urbanas, e diretor de planejamento da Concal Construtora, oportunidades e lições surgem com a crise do Covid-19. “Entre elas destaco a valorização das habitações, mesmo de forma ‘forçada’; a importância da percepção e a reflexão da arquitetura contemporânea, muito pouco consumida, além de um urbanismo consciente; a racionalidade na arquitetura; e a qualidade dos projetos que se reflete na urbe como um todo”, diz Caldas. O arquiteto lembra ainda que, com o novo vírus, o automóvel perdeu o protagonismo que tinha na vida moderna. “Hoje temos o compartilhamento ligado à vida prática, a facilidade de serviços, a densidade e a multiplicidade de usos. Outra tendência é a migração dos grandes centros para morar com mais qualidade e integrados à natureza”, observa.
Fernando Sergio, diretor da Santos Projetos, professor do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) e mestrando em Engenharia Urbana pela Escola Politécnica da UFRJ, neste ano marcado pela pandemia do coronavírus ficou muito evidente que a contribuição do arquiteto não se limita às questões de estética ou eficiência da construção. “A arquitetura é uma grande aliada da saúde pública nos mais diversos sentidos. A forma, a rapidez e a facilidade com que o vírus se propaga entre os seres humanos põe em cheque uma tendência que vinha em alta de compactação e aglomeração nos ambientes residenciais e corporativos. A otimização dos espaços é importante sob vários aspectos, mas os riscos de contaminação forçam uma reflexão óbvia. O dito ‘novo normal’ ainda não tem forma, uma vez que a batalha contra o vírus não terminou e não tem prazo garantido para terminar, apesar de todos os esforços empreendidos por todos os países”, avalia.
O arquiteto diz ainda que acaba de criar o novo Espaço Niemeyer, dentro do shopping Cittá América, na Barra da Tijuca. Segundo ele, o local terá três espaços: um pequeno museu permanente com trabalhos da arquitetura Niemeyer, que ficará aberto ao público; uma Escola Niemeyer, com propostas de encontros, debates e palestras, a partir de sua proximidade com o Oscar; e uma galeria para pequenas e médias exposições temporárias, aliados ao instituto Niemeyer, o qual preside e que vai formar grupos de pessoas e projetos sociais de importância e relevância na difusão da cultura e arte do Brasil e do exterior.
Para Sérgio Conde Caldas, sócio fundador do escritório SCC Arquitetura e da empresa Opy Soluções Urbanas, e diretor de planejamento da Concal Construtora, oportunidades e lições surgem com a crise do Covid-19. “Entre elas destaco a valorização das habitações, mesmo de forma ‘forçada’; a importância da percepção e a reflexão da arquitetura contemporânea, muito pouco consumida, além de um urbanismo consciente; a racionalidade na arquitetura; e a qualidade dos projetos que se reflete na urbe como um todo”, diz Caldas. O arquiteto lembra ainda que, com o novo vírus, o automóvel perdeu o protagonismo que tinha na vida moderna. “Hoje temos o compartilhamento ligado à vida prática, a facilidade de serviços, a densidade e a multiplicidade de usos. Outra tendência é a migração dos grandes centros para morar com mais qualidade e integrados à natureza”, observa.
Fernando Sergio, diretor da Santos Projetos, professor do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) e mestrando em Engenharia Urbana pela Escola Politécnica da UFRJ, neste ano marcado pela pandemia do coronavírus ficou muito evidente que a contribuição do arquiteto não se limita às questões de estética ou eficiência da construção. “A arquitetura é uma grande aliada da saúde pública nos mais diversos sentidos. A forma, a rapidez e a facilidade com que o vírus se propaga entre os seres humanos põe em cheque uma tendência que vinha em alta de compactação e aglomeração nos ambientes residenciais e corporativos. A otimização dos espaços é importante sob vários aspectos, mas os riscos de contaminação forçam uma reflexão óbvia. O dito ‘novo normal’ ainda não tem forma, uma vez que a batalha contra o vírus não terminou e não tem prazo garantido para terminar, apesar de todos os esforços empreendidos por todos os países”, avalia.
Arquitetas lançam coletivo
Em função do Dia Mundial da Arquitetura, mais de 450 arquitetas lançam hoje o coletivo "Arquitetas em rede" pedindo por equidade de gênero na profissão. Em São Paulo, dos aproximadamente 50 mil arquitetos urbanistas registrados no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP), mais de 62% são mulheres, somando cerca de 35 mil profissionais. O coletivo está aberto para entrada de qualquer profissional de arquitetura que esteja interessada em debater sobre o assunto e criar conexões com outras mulheres. Para fazer parte, basta buscar pela rede no Instagram e Facebook.
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