
No acumulado de janeiro a julho, os números também foram positivos, chegando a 32,9 milhões de toneladas, aumento de 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Na análise de venda de cimento por dia útil em julho (235,6 mil toneladas), o estudo do SNIC mostra que a curva também é crescente de 2,4% sobre junho deste ano e de 18,6 % em relação ao mesmo mês de 2019.
Vale lembrar que o primeiro trimestre teve uma queda na procura pelo produto por causa das fortes chuvas de janeiro e fevereiro. Depois vieram o isolamento social e as restrições de circulação em março. Mesmo assim, foi no segundo trimestre que o setor começou a notar a retomada do consumo. O mês de abril, ainda que negativo, teve resultado melhor do que o projetado e um surpreendente crescimento a partir de maio e junho impulsionando os resultados do primeiro semestre.
No caso das reformas, o fato de muitos lares se transformarem em local de trabalho e de lazer na pandemia, somado ao aumento da permanência das pessoas nesses espaços, despertou a vontade de realizar pequenas melhorias em casa. Outro cenário estimulado pela pandemia diz respeito aos micro e pequenos empresários que aproveitaram a pausa forçada para executar reformas e manutenções.
Já com relação ao mercado imobiliário, a retomada das obras dos empreendimentos imobiliários segue a todo vapor. A pesquisa indica que apenas 2,9% das obras permanecem paralisadas e cerca de 63 mil trabalhadores estão ativos nos canteiros de obras de todo país. Para Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, apesar da preocupação com as incertezas que cercam o mercado imobiliário no segundo semestre, o desempenho do setor até agora se mostra positivo. “Seguimos em uma trajetória ascendente que se iniciou em 2019 depois de quatro anos de queda, uma capacidade ociosa acima dos 45% e fechamento de 20 fábricas e dezenas de fornos acarretando numa brutal queima de capital. Esta recuperação ainda é pouco perto do prejuízo acumulado, mas já enxergamos um novo momento para a indústria do cimento no país”, avalia Penna.