No país são 400 mil corretores ativos e, desse total, 35% correspondem ao público femininoFreepik
Por Cristiane Campos
Publicado 27/08/2020 15:17
Hoje se comemora o Dia dos Corretores de Imóveis, uma profissão que costuma abraçar várias outras profissões sem distinção e que vem se reinventando também com pandemia. Atualmente, no país são 400 mil corretores ativos, segundo levantamento do Sistema Cofeci-Creci (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis). Já no estado do Rio, são 48.800 profissionais de intermediação de imóveis. Nesta data, a categoria completa 58 anos da regulamentação profissional com vários motivos para comemorar mesmo neste cenário que estamos vivendo e com os desafios do novo normal. "Algumas pessoas não quiseram mais trabalhar em empresas que exigem presença física e estão buscando a corretagem. Outras precisaram complementar renda e escolhem esse segmento justamente para trabalhar com flexibilidade de dias e horários. Muitos conciliam a profissão com outras para complementar os rendimentos, pois o formato autônomo de trabalho assim permite", explica Gustavo Araújo, gerente de Negócios da Apsa.
O executivo orienta que para trabalhar neste nesse segmento, é importante entender que o corretor não é um simples intermediário focado apenas em encontrar um comprador para um imóvel e ganhar uma comissão por isso. "O trabalho do corretor vai muito além. Ele precisa entender de todas as questões técnicas e jurídicas que envolvem uma transação imobiliária, desde análise da documentação, etapas dos processos de financiamentos, consórcios, liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), todos os impostos e taxas que podem incidir, até a elaboração de contratos adequados a cada tipo de negócio. Ele ajuda as partes com sua mediação, fechando o melhor acordo possível e tomando todos os cuidados necessários, evitando que algo possa causar prejuízos a qualquer um dos lados", explica Araújo. .
Publicidade
Corretagem atrai ainda mais o público feminino
Tecnologia e qualificação
Publicidade
O corretor precisa estar sempre atualizando conhecimentos. "Destaco em especial os ligados às novas tecnologias, como tour virtual, fotos 360º, vídeos, visitas por vídeo chamadas, contratos eletrônicos, escrituras e registros digitais. Essas novas ferramentas vieram para ficar e muitos clientes não apenas as veem como opção e sim como principal meio de comprar, vender ou alugar um imóvel. O corretor que não tiver intimidade com a tecnologia e não se atualizar e aprimorar cada vez mais as suas ferramentas, estará fora do mercado em pouco tempo", orienta Gustavo Araújo, gerente de Negócios da Apsa.



O economista Márcio Gomes, de 61 anos, foi um que se reinventou profissionalmente aos 57 anos e vem se destacando pelos resultados que alcança. A crise de 2015 prejudicou seus negócios próprios e como já tinha trabalhado com corretagem 30 anos atrás, achou que seria uma boa alternativa porque tinha bons relacionamentos. "Encontrei um trabalho que surpreende pela rapidez com que se negocia, mas também muito mais exigente. Meu diferencial é oferecer toda informação que o cliente precisa para fazer a melhor transação. A confiança faz com que as pessoas nos indiquem", conta.

Para ser um corretor, é preciso fazer cursos preparatórios que vão de quatro meses a um ano e meio, estágio e tirar o registro profissional no Creci. Há cursos técnicos e de Ensino Superior. Toda a regulamentação da profissão está prevista na Lei Federal n° 6.530/78.