Manuseio equivocado das botoeiras, principalmente pela aplicação de álcool e de produtos de limpeza de forma inadequada, está entre os destaques de manutenção e troca de peças nos elevadores - Freepik
Manuseio equivocado das botoeiras, principalmente pela aplicação de álcool e de produtos de limpeza de forma inadequada, está entre os destaques de manutenção e troca de peças nos elevadoresFreepik
Por Cristiane Campos
Quando o assunto é cota condominial todo mundo fica atento, pois essa despesa tem pesado muito no orçamento familiar e, em muitos casos, supera o valor de um aluguel. Você sabia que o gasto com pessoal pode representar até 80% dessa despesa? Pois é, por isso, para economizar, a dica é organizar a escala de todos os funcionários de forma a evitar o pagamento de horas extras. Reduzir os dias de trabalho de zeladores e pessoal da limpeza (quando possível) e os horários da portaria são outras alternativas. Na sequência dos gastos aparecem água, manutenção e consertos, além de energia e despesas extraordinárias. Segundo especialistas, a recomendação é identificar fontes de desperdício e buscar alternativas para cortar custos e o reflexo será a redução da taxa paga pelos condôminos. O síndico tem um papel muito importante nesta equação, pois precisa equilibrar o orçamento e os conflitos entre os moradores, além de administrar um grande vilão, a inadimplência. E na pandemia, os condomínios tiveram um outro vilão: o aumento no uso de elevador e, consequentemente, mais manutenção e troca de peças, acarretando mais custos para os condomínios.
O coordenador síndico da Cipa, Bruno Gouvêa, esclarece que os procedimentos de segurança em relação à Covid fizeram com que os elevadores tivessem um uso acima do normal. "Isso fez com que as empresas de manutenção tomassem medidas preventivas. As maiores demandas são por causa de botões danificados", explica Gouvêa. De acordo com o coordenador, alguns condomínios decidiram pela estratégia de limitar o uso a 50% da capacidade da cabina. "Outros foram ainda mais duros e optaram pelas regras de comportamento, ou seja, o uso de um passageiro por viagem. O aumento do serviço de entrega domiciliar também foi outro fator que ajudou a impactar na utilização do equipamento", conta Gouvêa, que chama a atenção para problemas que foram ocasionados pelo manuseio equivocado das botoeiras, principalmente pela aplicação de álcool e produtos de limpeza de forma inadequada. "Em muitos condomínios, houve aplicação de álcool em gel direto nos botões, o que danifica os componentes internos e pode causar até incêndio, como o ocorrido em agosto num elevador de um condomínio na Barra da Tijuca. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros constatou o uso equivocado de álcool em gel no elevador", lembra o coordenador.