O levantamento do portal revela que a maior alta foi nos bairros da Taquara, Vila Isabel e Recreio dos Bandeirantes. Já as retrações que mais chamaram a atenção vieram de Santa Teresa, Centro e Grajaú. Na lista de mais caros da cidade, aparecem Ipanema, Leblon e Botafogo.
Ainda segundo a pesquisa do Quinto Andar, os imóveis de três quartos tiveram alta no preço do metro quadrado de 0,85% em fevereiro, comparado com janeiro. Os de dois quartos tiveram aumento de 0,77%. Já as unidades de até um dormitório se mantiveram estáveis na capital fluminense. "A valorização dos imóveis de aluguel deve demorar para acontecer, embora comece a apresentar leve retomada", diz Fernando Paiva, head de Dados do QuintoAndar. O executivo complementa ainda que o avanço da Covid-19 no Brasil e os possíveis impactos na economia devem segurar ainda mais a valorização do metro quadrado em São Paulo e no Rio.
Segundo o gerente Geral de Imóveis da Apsa, Jean Carvalho, diferentemente dos meses anteriores, a taxa alta não é por conta de desocupações provocadas pela crise econômica de 2020. Os estudos mostraram que mais imóveis entraram para a locação. Com isso, os valores dos aluguéis anunciados pelos proprietários aumentaram em dez bairros pesquisados. Apenas três tiveram queda: Ipanema, Maracanã e Rio Comprido.
"A oferta cresceu e isso aumenta a taxa de vacância. Há muitos casos de pessoas que tinham imóveis vazios fechados e decidiram colocar para alugar, buscando aumento de renda. Há pessoas que foram viver temporariamente em outras cidades e estão alugando seus imóveis no Rio e temos ainda moradias novas chegando ao mercado. As desocupações, hoje, por perda de renda, estão em um nível bem abaixo do verificado no ano passado. Mesmo diante da taxa alta, estamos mais otimistas quanto ao crescimento do mercado de locação esse ano. O pior já passou. Então, muitos proprietários estão sendo resilientes e mantendo os preços", analisa Jean.
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