Entre os oito principais bairros da Zona Sul, sete registraram aumentos que variam de 0,1 a 8,04%. Leme teve o maior percentual na comparação com fevereiro, passando o metro quadrado médio de R$ 39,04 para R$ 42,18. Já o Catete teve alta de 6,62%, indo de R$ 34,01 para R$ 36,26 o valor do m². Laranjeiras, com acréscimo de 4,43%, subiu de R$ 32,30 para R$ 33,73. A redução foi verificada apenas em Ipanema, com queda de 3,03% em março, caindo de R$ 65,03 para R$ 63,06.
O movimento pode ser um indicativo de risco, já que a vacância dos imóveis, ou seja, a quantidade média de unidades vazias disponíveis para locação na Zona Sul segue alta em quase todos os bairros desde o início da pandemia, chegando a 18,2% em março, maior taxa nos últimos 12 meses, de acordo com o estudo da Apsa. Antes da pandemia, o percentual no mesmo período era de 14%.
Vale explicar que a vacância é um importante indicador para o cálculo do valor de aluguel. Há ainda outros fatores que impactam o preço, entre eles localização, tipologia do imóvel, área, tempo de construção, valor do condomínio, localização, altura, sol da manhã, comércio e serviços próximos, segurança e conservação. "Os aluguéis no Rio baixaram bastante nos últimos cinco anos. Com a pandemia, muitos proprietários tiveram que dar descontos. Hoje, ainda verifica-se aumentos em alguns bairros por diversos fatores. Alguns são porque estão com pouca oferta, outros são porque os proprietários ainda tentam recompor as perdas. E temos nesse momento uma oferta maior de imóveis para aluguel, até porque muitos desistiram de alugar por temporada com a queda no turismo por causa da pandemia e estão retornando para o aluguel tradicional. Aliás esse aumento da oferta de imóveis para locação tradicional também é um fator que está gerando a manutenção das taxas de vacâncias mais altas”, avalia Jean Carvalho, gerente de Imóveis da Apsa.
Zonas Norte e Oeste
Já o Centro teve queda de 2,20% com relação a janeiro e hoje o metro quadrado custa em média R$ 28,48. Na comparação com março de 2020, quando iniciou a desocupação de escritórios comerciais na região, a queda é de -6,25%. A taxa de vacância no bairro segue em escalada, passando de 18% em abril de 2020 para 34,5% em março desse ano.