O total de novos pedidos de registros no Creci-RJ mais que dobrou, em 2021, com 5.051 novos profissionais, sendo 2.226 mulheresFreepik

Hoje, Dia Internacional da Mulher, a coluna presta homenagem a essa figura que é símbolo de competência, garra, comprometimento e superação. A mulher, como todos sabem, vem conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e no setor imobiliário não poderia ser diferente. É o que acontece, por exemplo, no ramo da corretagem. A elevada representatividade do público feminino é realidade no Creci-RJ (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), pois dos 55.444 profissionais, 19.131 são mulheres, ou seja, 33% do total de profissionais ativos hoje na profissão.

Ao longo dos anos, é possível ver este avanço positivo. De acordo com dados do conselho, em 2019, período que precedeu a pandemia da Covid, o número de novos profissionais com registro no Creci-RJ foi de 2.438, sendo 1.044 mulheres. Em 2020, apesar do cenário de incertezas e da realidade pandêmica, esse número continuou em elevação, chegando a 2.746, sendo 1.233 mulheres. Mas foi em 2021 que o total de novos pedidos de registros profissionais surpreendeu e mais que dobrou no comparativo com o ano anterior: foram 5.051 novos profissionais, dos quais 2.226 mulheres.

Na avaliação de Marcelo Silveira de Moura, presidente do Creci-RJ, o cenário de incertezas favoreceu o mercado imobiliário e atraiu a atenção para a profissão. “Portanto, para aqueles que estão iniciando essa trajetória, é necessário buscar o aprimoramento de forma permanente para atender as demandas da sociedade”, orienta Moura.

Se você é mulher e também deseja trilhar uma carreira de sucesso na profissão, vale lembrar que é necessário concluir o Curso Técnico de Transações Imobiliárias (TTI) ou o Curso Superior de Gestão em Negócios Imobiliários. Após a conclusão do curso, o próximo passo é dar entrada nos trâmites de inscrição no conselho profissional.

Profissão de corretor tem 60 anos

Para João Teodoro da Silva, presidente do Sistema Cofeci-Creci, o mercado imobiliário tem muitas afinidades com o perfil da mulher. “A atividade imobiliária proporciona flexibilidade de horários, que é um dos grandes atrativos para todos os profissionais do setor. Estamos desenvolvendo políticas tanto para valorizar as corretoras de imóveis como para atrair novas profissionais para o segmento”, acrescenta Teodoro.

Márcia de Sá, VP de Integração Feminina do Cofeci-Creci, lembra que a profissão nasceu masculina. “As mulheres foram prejudicadas pelo preconceito e pela dupla jornada (dona de casa e profissional). Mas nem por isso desistiram! Aos 60 anos de profissão legal, cerca de 35% dos inscritos no Sistema Cofeci-Creci são de mulheres corretoras”, conta Márcia.

Nas administradoras de imóveis, elas também se destacam. Frances Vivian Corrêa, integrante do Conselho de Administração da Apsa, comenta que os desafios na carreira das mulheres iniciam bem cedo e no ramo imobiliário não é diferente. “Os desafios normalmente são no sentido de como é que a mulher se mostra capaz, como se mostra competente, com capacidade de liderança, com capacidade de entrega, então como ela é reconhecida nos seus requisitos profissionais? A gente supera com muito estudo, muita competência, persistência e, acima de tudo, com um propósito muito claro e objetivo”, destaca Vivian. Seja na corretagem ou em outra função no mercado imobiliário, a coluna deseja a todas muito sucesso e conquistas!