Professor de Biologia do Colégio Pensi, Rafael Demartini. - Divulgação
Professor de Biologia do Colégio Pensi, Rafael Demartini.Divulgação
Por FRANCISCO ALVES FILHO

Remuneração abaixo do esperado, violência em sala de aula e trabalho em áreas de difícil acesso. Esses são alguns dos motivos que afastam os jovens brasileiros da opção pela carreira de professor. O estudo 'Profissão Professor na América Latina - Por que a docência perdeu prestígio e como recuperá-lo?', divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostra essa realidade.

No Brasil, apenas 5% dos jovens de 15 anos pretendem ser professores da Educação Básica, enquanto 21% pensam em cursar Engenharia. Índice parecido com o do Peru, onde o índice é menor que 3%, contra 32% que querem se tornar engenheiros.

Por outro lado, em nações nas quais a profissão é mais valorizada, o interesse é maior, como na Coreia do Sul, onde 25% dos jovens têm a intenção de lecionar, e na Espanha, país no qual o índice chega a quase 20%. Entre as razões para o desinteresse para atuar na Educação Básica estão, segundo a pesquisa, os baixos salários oferecidos. "Mesmo nos últimos anos, após uma década de incrementos nos salários, os professores continuam a ganhar consideravelmente menos do que outros profissionais", enfatiza. Estudo do BID no Brasil, no Chile e no Peru mostra que os educadores ganham cerca da metade da remuneração de profissionais com formação equivalente.

Quem quer ser professor? (2)

O estudo menciona as informações levantadas pelo Laboratório Latino-Americano de Avaliação da Qualidade da Educação em 2013 sobre escolas de 15 países latino-americanos, incluindo o Brasil. Na ocasião, foi constatado que 20% dos estabelecimentos não tinham banheiros adequados, 54% não possuíam sala para os professores e 74% não contavam com laboratório de Ciências.

Além da questão financeira, que é um grande fator, o estudo aponta para as condições de trabalho como razão do desinteresse dos jovens pela docência.

Novo documento para guias de turismo

Ministério do Turismo cria novo modelo para carteira de guias de turismo. Agora, a carteira tem também um QR Code (ou Código QR), símbolo que pode ser lido por aplicativo de celular e que facilita a identificação do guia. O cadastro no Cadastur e a carteira são obrigatórios para quem exerce a profissão de guia de turismo. Profissionais que buscarem regularização ainda em 2018 já receberão o novo documento. Para os demais, não é necessária a troca.

Rolê das graduações

Carreira, futuro profissional e vida acadêmica. Esses foram alguns dos temas discutidos no último domingo em Queimados, no Rolê das Graduações. O evento foi organizado pela Prefeitura, por meio da Coordenadoria da Juventude, e aconteceu no Teatro Municipal Metodista, reunindo jovens para tirar dúvidas acerca da vida universitária e os desafios específicos de cada profissão. Cerca de 40 jovens participaram do evento.

Mestres

"Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro", Dom Pedro II, último imperador do Brasil

(Veja também: Saiba qual o piso salarial para o Magistério em 2019)

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