O técnico Marcelo Mendez, do time de vôlei Sada Cruzeiro - Agência i7/Divulgação/ Sada Cruzeiro
O técnico Marcelo Mendez, do time de vôlei Sada CruzeiroAgência i7/Divulgação/ Sada Cruzeiro
Por O Dia

Há 10 anos no Sada Cruzeiro, o argentino Marcelo Mendez construiu carreira vitoriosa no Brasil. E diz que o reconhecimento do brasileiro ao seu trabalho chama sua atenção, principalmente em Minas, onde é parabenizado até por atleticanos. Agora ele vê, no futebol, outro estrangeiro ter sucesso no país: o português Jorge Jesus, técnico do Flamengo, rival do seu time de coração, o River Plate, na final da Libertadores. 

O DIA: Como estrangeiro, quais foram os seus maiores desafios em sua chegada ao país e como tem acompanhado a trajetória de Jesus?

Marcelo Mendez: Nos últimos anos, com a globalização, os períodos de adaptação tendem a ser mais curtos. Provavelmente a maioria dos atletas, membros de comissão técnica e diretoria consigam entender outros idiomas alheios ao país em que se encontram. Em relação a Jorge Jesus, não me surpreende que esteja se dando bem no Flamengo. Ele é treinador há muitos anos, já vivenciou muitas coisas, além da capacidade tática, possui vasta experiência. Já realizou grandes campanhas e trabalhos em Portugal, no Benfica, e em times menores da liga portuguesa.

Você aposta numa vitória do River por 1 a 0 'com sofrimento'. O que vê como pontos fortes do River?

O que pode fazer a diferença é o fato de sempre jogar como elenco, nunca depender de individualidades. Mesmo com as mudanças (óbvias) que acontecem com os times sul-americanos no futebol, o treinador do River, Marcelo Gallardo, continua permanecendo e faz com que os times que monta sejam sempre competitivos, jogando um futebol moderno. Será um jogaço, dois dos maiores times do continente, dois elencos muito fortes e dois treinadores excepcionais.

Que recordações tem da final da Libertadores de 2015, no Monumental?

As recordações são muito boas porque foi um momento único, que pude compartilhar com meus filhos. River sendo campeão da Libertadores após 19 anos. Mesmo com a intensa chuva, nada conseguiu atrapalhar esse momento.

Como amante do futebol, o que encanta você no Flamengo?

Mesmo com um elenco de grande qualidade, destaco o trabalho do Jorge Jesus. Conseguiu fazer com que o time jogue bem em todos os aspectos e em pouco tempo. Dos jogadores, chamam a atenção Gabriel Barbosa, Bruno Henrique, Arrascaeta, mas destaco o trabalho que o Pablo Marí está fazendo. Não era um jogador top na Europa, mas no Flamengo está demostrando que sabe fazer bonito na zaga.

O que representa o River na sua trajetória?

Comecei jogando na escola, mas o River me abriu as portas quando era um garoto e me apresentou ao mundo do vôlei. Foi onde tudo começou, onde tive os melhores anos como atleta e as minhas bases como treinador.

 

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