Foram analisadas 427 grávidas internadas com o vírus entre março e abrilReprodução de Internet
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Publicado 20/02/2018 03:00 | Atualizado 21/02/2018 09:59

Rio - Muitas mulheres que possuem animais de estimação ao se descobrirem grávidas se preocupam com possíveis riscos à sua saúde e à do bebê durante e após a gestação. Algumas famílias pensam até em doar seus bichos, sejam eles cães ou gatos. Essa é uma dúvida muito frequente levada aos consultórios médicos. Mas calma! Não há motivo para desespero! Atualmente os pets são tratados como verdadeiros membros da família, e esta separação pode ser muito traumática para ambos os lados.

Numerosos estudos comprovam que a presença de animais de estimação traz diversos benefícios, como o combate ao estresse, estímulo ao exercício físico e à perda de peso, diminuição da pressão arterial, inclusive em gestantes, e até melhoram a relação de crianças autistas com outras pessoas. Porém, precisamos conhecer as chamadas zoonoses, ou seja, doenças transmitidas de animais para o homem, para que possamos evitá-las sem que ocorram rupturas traumáticas nos laços com nossos amigos.

Algumas doenças, como a toxoplasmose, podem realmente ser transmitidas pelas fezes de gatos, principalmente no primeiro trimestre de gravidez. Mas o risco de transmissão por gatos domésticos alimentados exclusivamente com ração e que usam caixas de areia sanitária para suas necessidades é muito baixo. Outras fontes de infecção, como o contato com a terra, a ingestão de água contaminada, verduras mal higienizadas e carne crua são muito mais perigosas para os humanos. De qualquer forma, a recomendação é que gestantes não entrem em contato com as fezes de animais e deleguem a tarefa da limpeza desses dejetos para outras pessoas.

Vamos a alguns mitos e verdades: cães e pombos não transmitem toxoplasmose e não se pega a doença ao fazer carinho em um gato. Ela é transmitida por meio da ingestão de terra, água ou alimentos contaminados com fezes de gatos. Mas bons hábitos de higiene e limpeza no preparo dos alimentos evitam a contaminação. E nem todos os gatos são capazes de transmitir a doença. Estima-se que apenas 1% da população felina seja capaz de eliminar o parasita nas fezes.

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