'Depois que o Luiz nasceu, aprendemos o que é o amor de verdade", afirmou Pollyana Oliveira, mãe de Luiz Phillipe Cardoso, de 4 anos, que nasceu com microcefalia decorrente do vírus da Zika. Ela contraiu a doença no final de 2015, durante o surto do vírus no Brasil. Na época, Pollyana estava quase no nono mês de gravidez, ansiosa para receber Luiz em seus braços, mas não imaginava que ele seria afetado pelo vírus.
Desde o nascimento, Luiz luta para sobreviver: ele temk 90% do cérebro comprometido. Pollyana investiu no acompanhamento multidisciplinar desde o berço. Agora, quatro anos depois, Luiz segue com tratamento terapêutico e médico, e a mãe acompanha cada passo com um olhar atento.
"O Luiz é acompanhado por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo, neurologista para epilepsia, ortopedista e pediatra. Todos os médicos dizem não tem como dar um diagnóstico porque depende do desenvolvimento do seu cérebro", contou a mãe. Pollyana afirma conseguir fazer todo o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
Todos os dias, a mãe conta com a ajuda dos filhos Pedro Lucas, de 14 anos, e Yasmim, de 7, para ministrar os medicamentos para epilepsia e urina neurogênica. Mas também garantem a diversão do mais novo com atividades indicadas pela terapeuta e com as conhecidas brincadeiras de criança.
Agora, a família enfrenta mais uma dificuldade: conseguir uma cirurgia no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia). A espera é grande, mas o sofrimento de Pollyana é maior. "Ele costuma ter deslocamento de quadril, desvio de coluna e tendões rígidos e, por isso, ele não consegue esticar seus músculos. Estamos aguardando na fila desde setembro, apesar de ser urgente", conta a mãe, esperançosa.
Comentários