A greve dos caminhoneiros pegou muita gente de surpresa. A paralisação afetou o abastecimento de combustível. No Rio, motoristas ainda enfrentam enormes filas em frente aos postos para encher o tanque. Alimentos estragados precisaram ser descartados nas estradas, deixando algumas prateleiras vazias nos supermercados. Embora seja possível fazer seguro para minimizar os prejuízos contra danos causados à mercadoria, não é o que acontece na maioria dos casos no país nesse tipo de situação.
No caso do transporte, existe um seguro obrigatório de responsabilidade civil, contratado pelo transportador. Mas a apólice não cobre perdas por danos em greves ou motins, por exemplo. Há um outro seguro adquirido pelo dono da carga que até assume perdas e danos em greve. Mas apenas pela ação direta da greve. "Se os grevistas atacarem o caminhão e decidirem danificar a carga, existe cobertura. Mas não há cobertura quando o caminhão fica retido e a carga se deteriora", explica Artur Santos, professor da Escola Nacional de Seguros.
O mercado segurador ainda dispõe de mais de 40 garantias. A diversidade busca atender às necessidades específicas de cada cliente. É possível fazer uma cobertura para proteger uma carga de alimentos que podem ser danificados pelo fato do caminhão ficar parado. Mas, na prática, isso não costuma ocorrer. Os seguros que costumam ser contratados não cobrem os danos causados pela greve. "O prejuízo é do dono da carga. A maioria das empresas não contrata a cobertura adicional. Isso só acontece com multinacionais, que têm a orientação de comprar tudo que é possível. Posso dizer, com absoluta convicção, que a maioria dos serviços não vai contar com cobertura", garante o professor Artur Santos.
TECNOLOGIA EM DEBATE
Os avanços tecnológicos sempre surgem nas discussões promovidas pelo setor. Na semana passada, a Mongeral Aegon sediou o evento 'Digital: opção ou tendência?'. Foi o segundo encontro do ciclo de palestras 'Inovação e Tecnologia'. A discussão contou com a presença de Isabelle Teixeira (do setor hoteleiro), Luis Colombo (gerente de inovação da United Healph Group) e Victor Seca (coordenador de marketing da OLX). "Estamos caminhando para um cenário onde o cliente poderá fazer o seguro de um objeto por um período limitado com um aplicativo. Para isso, precisamos ter uma estrutura de tecnologia robusta", explica Luis Fontes, superintendente de TI da Mongeral Aegon, que também participou do evento.
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