No fundão, estão Carlinhos, Renan, Ademar e Francisco. A articulação no meio é feita por Fabricio, Fábio, Florencio e Geraldo. Dalmacio, Frederico, Kevin, Everton, Leonel, Evandro, Helder e Volkmar Jr completam o grupo na frente. A posição não é esquema tático. É o lugar que eles vão ocupar no voo LH 501 da Luftansa, com embarque ocorrido às 10h desta quarta-feira, em Vitória, no Espírito Santo, com paradas previstas no Galeão e em Frankfurt-Alemanha antes do desembarque em solo russo. A chegada em Moscou só deve ocorrer nesta quinta-feira à noite. Eles não foram convocados por Tite, mas formaram uma espécie de delegação para a Copa do Mundo de 2018.
A preparação começou com três anos de antecedência, na pequena cidade de Santa Maria de Jetibá, a 85 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo. Nada de gols ou dribles desconcertantes. Em vez de treinos táticos e partidas disputadas contra rivais dentro do gramado, o grupo de 18 capixabas colocou o planejamento financeiro em campo para garantir o sonho de estar no Mundial.
Às vésperas da Copa, dois deles ficaram fora da viagem, por problemas particulares. Nada que acabasse com o sonho do grupo. E, ao adquirir um título de capitalização, eles conseguiram economizar R$ 288 mil. Com isso, cada integrante da delegação resgatou R$ 16 mil do Ourocap, da Brasilcap. Como os amigos já bancaram cerca de R$ 10 mil, o equivalente a todos os custos com hospedagem, voos e ingressos, esse valor poderá ser usado para despesas extras numa estadia que irá até o dia 29 deste mês, quando acaba a primeira fase da competição.
Os amigos compraram ingressos para dois jogos: França x Dinamarca e Portugal x Marrocos. Como o planejamento deu certo, eles não descartam a possibilidade de prorrogar a estadia para a próxima fase do Mundial. "O nosso sonho era ir à Copa do Mundo. Pensei: 'como vou me organizar?'. Aí, surgiu a ideia do título de capitalização. Poupamos R$ 400 por mês durante 36 meses. Pagamos tudo com um ano de antecedência. Agora, o preço seria quatro vezes maior. O planejamento foi importante para fazer a viagem a um custo barato e ainda sobra um capital para o pessoal se divertir. Agora, vamos decidir se ficamos para a próxima fase", explicou o bancário Fabricio Silva.
RECEITA BILIONÁRIA
Eles fazem parte de uma estatística em alta no país. De janeiro a abril deste ano, a receita com título de capitalização chegou a R$ 6,8 bilhões. Um crescimento de 8,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados passados pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap). O valor das provisões técnicas, como são chamados os recursos acumulados e resgatados pelos clientes antecipadamente ou no fim da vigência, fechou o primeiro quadrimestre de 2018 com R$ 29 bilhões, com aumento de 1,7%.
Para Marco Antonio Barros, presidente da FenaCap, o crescimento é atribuído às incertezas no país e a uma recuperação da economia mais lenta do que o esperado. "As pessoas estão adiando planos de consumo, optando por guardar dinheiro e formar alguma reserva para enfrentar possíveis dificuldades financeiras. E, nesse caso, os títulos de capitalização são solução para manter a disciplina e organizar o orçamento doméstico", argumenta.
EVENTO PARA ELAS
Nesta quarta-feira de manhã, no Hotel Vila Galé, no Centro do Rio, a Liberty sediou o programa Mulheres Seguras. A ideia é capacitar as profissionais do setor e incentivar o empreendedorismo feminino. A Liberty mantém dicas e cases no site mulheresseguras.com.br e no facebook, com a página LibertyMulheresSeguras.
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