Pátio Legal de Deodoro está perto da superlotaçãoDivulgação
Por Herculano Barreto Filho

Rio - O pátio legal está com o sinal de alerta ligado. O espaço, que conta com um estoque de 8,5 mil veículos recuperados em roubos ou furtos, está perto da superlotação. A situação preocupa o Sindicato das Seguradoras do Rio e do Espírito Santo, que administra o local. Nem a entrega diária de 150 veículos em agendamentos feitos com os proprietários ajuda a amenizar o problema. Se a quantidade de veículos chegar a 10 mil, há risco de fechamento. E, com isso, os veículos recuperados podem parar nas portas das delegacias. O índice de veículos recolhidos em julho representa um aumento de 16,4% em comparação a 2017.

O setor de seguros se mobiliza em busca de uma solução. A Lei do Desmonte, sancionada pelo governo federal em 2014, autoriza a reutilização de peças, ajudando a reduzir o acúmulo de veículos. Em parceria com a Escola Nacional de Seguros, a Federação Nacional dos Corretores (Fenacor) vai promover um ciclo de debates sobre o tema.

Ronaldo Vilela, diretor-executivo do sindicato que administra o pátio legal, relaciona o problema a escassez de leilões. "Os veículos que não são retirados vão se acumulando. Sempre existe essa ameaça de haver uma paralisação porque o pátio opera no limite", argumentou.

O último pregão ocorreu em janeiro de 2017. Na ocasião, foram oferecidos mais de 700 veículos. Procurado pela coluna, o Detran informou, em nota, que novos leilões devem ocorrer após a finalização de um Termo de Cooperação Técnica em conjunto com a Secretaria de Segurança.

Há dois espaços reservados para receber veículos recuperados na Zona Oeste do Rio. O principal deles fica em Deodoro, em uma área de 40 mil metros quadrados. Lá, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRFA) são encarregados de fazer a liberação desses veículos aos proprietários. O outro pátio, com 160 mil metros quadrados, fica localizado em Campo Grande.

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