Rio - Faltam apenas 11 dias para as eleições. Enquanto os candidatos entram na reta final da campanha, a Escola Nacional de Seguros decidiu se antecipar e enviar uma carta a todos os presidenciáveis com um alerta sobre a situação dramática provocada pelos acidentes de trânsito no país. Só no ano passado, foram mais de 41 mil mortes e outros 42 mil casos de invalidez permanente. Segundo a entidade, esse quadro pode ser comparado a uma epidemia, já que elimina uma parcela expressiva da população.
O Centro de Pesquisa e Economia de Seguro, vinculado ao órgão, usa como base a metodologia do Valor Estatístico da Vida (VEV), que estima uma perda de capital humano equivalente a R$ 199 bilhões. No primeiro semestre, as mortes no trânsito causaram um impacto econômico de R$ 96,5 bilhões. O índice, que considera o que as vítimas deixam de produzir, corresponde a 3% do PIB. O estudo foi feito com base nos indicadores do DPVAT, seguro obrigatório contra acidentes de trânsito.
Para a instituição, o quadro torna obrigatória a inclusão do tema nas plataformas de todos os candidatos. Após a eleição de 7 de outubro, a entidade, inclusive, deve enviar o texto para os governadores eleitos em primeiro turno e para os candidatos que vão disputar o segundo turno em todos os estados. "A carta tem o objetivo de sensibilizar os candidatos para o grave problema do trânsito. Não apenas pelos aspectos sociais, mas também pelos aspectos econômicos que mensuramos na pesquisa", explica Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros.
MAIS DE UM MILHÃO DE MORTES POR ANO NO MUNDO
O Brasil está em 5º lugar no ranking de países recordistas em mortes no trânsito por habitante. Em todo o mundo, o trânsito mata cerca de 1,25 milhão de pessoas a cada ano e deixa entre 20 e 25 milhões de feridos.
CONFERÊNCIA DO SETOR EM SÃO PAULO
A CNseg sedia nesta quarta-feira a 8ª edição da Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros em São Paulo. O evento vai debater as relações entre consumidores, mercado e o público
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