Cristo Redentor Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por Herculano Barreto Filho
Rio - A cidade do Rio foi escolhida para sediar um encontro internacional do setor de seguros organizado pela Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides). A 38ª edição da Conferência Hemisférica de Seguros da Fides ocorrerá por aqui em maio de 2021. A Confederação das Seguradoras (CNseg) ficará com a responsabilidade de organizar a ação, no Windsor Expor Center, na Barra da Tijuca.
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Será a terceira vez que o país recebe o evento bianual, que deve reunir cerca de 3 mil participantes. Neste ano, a conferência ocorreu entre os dias 8 e 11 deste mês, em Santa Cruz, Bolívia. A delegação brasileira foi chefiada pela CNseg, que apresentou um vídeo sobre o Rio, exibido aos participantes para anunciar a próxima edição. O Brasil é líder em arrecadação de prêmios na América Latina e ocupa a 12ª posição no ranking mundial. No ano passado, a receita do setor representou 6,5% do PIB.
A primeira conferência, sediada em 1946 em Nova York (EUA), foi o passo inicial para a constituição da Fides, que defende a ideia de que não é possível alcançar um desenvolvimento amplo da indústria e do comércio sem o seguro. A federação, responsável por promover o intercâmbio de informações, agrega entidades de seguros privados de 19 países das Américas, incluindo os Estados Unidos e Espanha.
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MULHERES EM BUSCA DE MELHORES SALÁRIOS
Elas são maioria no setor de seguros, antigo reduto masculino. E avançam a passos largos em sua qualificação para o mercado de trabalho. Mesmo assim, ainda enfrentam desigualdades em relação aos salários e ocupação de cargos de chefia. A constatação faz parte do 3º Estudo "Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil", coordenado pela Escola Nacional de Seguros (ENS).
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Foram coletadas informações de 23 empresas, que integram um universo de quase 28 mil funcionários e representam mais de 80% do faturamento do setor. Também foram enviados questionários específicos a mulheres executivas em atividade no mercado de seguros.
Com base em dados registrados no ano passado, o levantamento constatou que as mulheres recebem, em média, R$ 4,5 mil. A remuneração dos homens é de R$ 6,3 mil. Hoje, há uma mulher executiva para cada três homens nas seguradoras. Apesar da desvantagem, o índice representa um avanço em comparação a 2012, primeiro ano da pesquisa, quando a relação era de uma mulher no alto escalão para cada quatro homens.
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"Sem dúvida, ainda há um longo caminho a percorrer para mudar esse quadro. De todo modo, é importante destacar a redução das desigualdades no período de seis anos", observa Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da ENS, que coordenou o estudo ao lado do economista Francisco Galiza.