Ministro do Planejamento, Dyogo OliveiraDIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO
Por PALOMA SAVEDRA
Publicado 30/03/2018 03:00

A Casa Civil da Presidência da República ainda analisa o projeto de reestruturação das carreiras federais, que tem como principal mudança a limitação do salário inicial a R$ 5 mil. E se antes o governo de Michel Temer pretendia que a ideia saísse do papel o mais breve possível, agora, não há previsão.

Isso porque a proposta requer aval do Legislativo, e para que seja enviada ao Congresso precisará de uma costura política com os parlamentares, sobretudo com os presidentes da Câmara (Rodrigo Maia, do DEM) e do Senado (Eunício Oliveira, MDB).

Além disso, preocupa o governo mais um desgaste caso a medida seja rejeitada pelo Parlamento. O fato de Temer ter interesse em sua candidatura à reeleição para a Presidência também poderá influenciar no avanço do projeto, dizem fontes.

Primeiro, será avaliado se a medida vai provocar a "antipatia" do funcionalismo público. Mesmo que a proposta só atinja quem ainda for ingressar no serviço público, poderá encontrar resistências dos sindicatos que querem a valorização das categorias.

O Ministério do Planejamento, comandado por Dyogo Oliveira (foto), enviou o texto à Casa Civil em fevereiro. Desde então, o projeto segue "em análise na área jurídica sem data prevista para conclusão ainda", informou a pasta à Coluna. Além de estabelecer que vencimentos iniciais de servidor do Executivo federal devem ser de R$5 mil, o projeto fará outros ajustes nas carreiras.

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QUEM PODIA ADERIR
O PDV lançado no ano passado era voltado aos funcionários da Administração Direta (como ministérios, secretarias e Advocacia-Geral da União), autarquias (Banco Central, Colégio Pedro II, INPI, INSS) e fundações (Biblioteca Nacional, IBGE, universidades e outros). A medida provisória também previa a redução de jornada com salário proporcional e licença sem vencimentos.
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