Witzel e Paes apresentam propostas para alavancar a economia do estado e para o funcionalismo  - Maíra Coelho / Arte O DIA
Witzel e Paes apresentam propostas para alavancar a economia do estado e para o funcionalismo Maíra Coelho / Arte O DIA
Por PALOMA SAVEDRA

Foram dois anos seguidos de sofrimento com atrasos e parcelamento de salários. Para o funcionalismo estadual, a pior crise financeira que o Rio atravessou e da qual ainda se recupera , em 2016 e 2017, parecia não ter fim. Agora, prestes a escolherem em 28 de outubro o próximo governador, os servidores ativos, aposentados e pensionistas miram nas propostas que os postulantes ao cargo têm para as categorias.

A Coluna destaca e compara, nesta edição, alguns itens que foram abordados com os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) em entrevistas antes do primeiro turno. Os temas passam pelo Regime de Recuperação fiscal (RRF), Segurança Pública, reajuste, entre outros.

O primeiro ponto é o calendário de pagamentos. Atualmente, funcionários da ativa, inativos e pensionistas recebem no 10º dia útil. Vale lembrar que antes da crise estourar no fim de 2015, a data limite para o depósito dos salários era o 2º dia útil.

Em dezembro daquele ano, o governo alterou o prazo para o 7º dia útil. Já em março de 2016, mudou novamente e estabeleceu o 10º dia útil, que vale até hoje.

Paes pretende retomar o 2º dia útil como data oficial. "No máximo". (Na prefeitura) E se tivesse um feriado, eu dava um jeito de antecipar". Ele, porém, não garante em que momento isso seria feito: "Não posso fazer nada disso antes de sentar lá e de ver os números".

Witzel também quer pagar no 2º dia útil. E garante que fará um "estudo de viabilidade financeira nos seis primeiros meses de governo".

Sobre a recuperação fiscal, ambos querem manter o regime. O candidato do PSL fala em renegociar alguns termos com a União para alongar o pagamento da dívida que o Rio tem com o Tesouro Nacional: "Vamos propor alongamento para 100 anos e pagamento da parcela de forma flexível de acordo com a nossa receita".

O ex-prefeito, por sua vez, afirma que procuraria o próximo presidente para repactuar o acordo e rediscutir a questão da dívida, mas sem dar detalhes.

REAJUSTE EM PAUTA

As categorias não têm revisão salarial há mais de quatro anos. Witzel diz que o reajuste será possível a partir da retomada da economia. "Especialmente com grandes obras de infraestrutura. Nossa previsão é de atrair investimentos de infraestrutura em torno de R$ 100 bilhões de reais nos próximos quatro anos".

Paes faz menção à época em que esteve à frente do município e declara que tem intenção de reajustar salários. "Meu padrão é esse. Reajuste anual... Agora, eu não posso garantir isso para janeiro. Vou trabalhar muito para que o servidor seja respeitado".

Na Segurança, setor crítico do estado, o ex-juiz federal pretende acabar com o RAS (hora extra) compulsório e implementar o sistema de vigilância eletrônica. Ele promete repor cargos com aprovados em concursos.

Já o candidato do DEM crava que fará concurso para a área, chamar aprovados, e estuda aumentar o valor pago de horas extras aos agentes.

Para alavancar a economia

O Estado do Rio ainda dá passos para o reequilíbrio financeiro. E como a despesa ainda é menor que a receita, é preciso encontrar outras fontes de arrecadação. Os candidatos expõem seus projetos para incrementar o caixa fluminense, sem depender apenas do petróleo.

Paes vê potencial no turismo do estado, assim como na atração de indústrias e do setor agrícola. "Tem que ter economia do conhecimento; atividade industrial importante, e temos que investir em logística para que essa atividade possa vir".

Witzel quer aquecer a economia atraindo investimentos: "Somente a Petrobrás vai ingressar com R$ 30 bilhões na indústria da construção naval e com o pré-sal. Teremos também investimentos de agricultura. E vamos trazer a indústria ferroviária para o estado, mudando o modelo de concessões para 60 anos".

 

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