Rio - Ainda não há previsão para o governo Crivella reenviar à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro o projeto de capitalização do Fundo Especial de Previdência do MunicÃpio (Funprevi). A proposta havia sido encaminhada à Casa no ano passado, mas depois, em agosto, foi arquivada a pedido do próprio Executivo. A ideia é aprofundar os estudos e modificar alguns itens. Enquanto isso, cálculos da equipe econômica da prefeitura preveem, para este ano, um déficit de R$ 1 bilhão no fundo.
O texto previa uma reestruturação na previdência municipal. E entre as diversas medidas compreendidas no projeto, a principal era o fim do perdão de dÃvidas que o Tesouro Municipal tinha com o fundo de previdência (Funprevi) no passado. O valor total do débito existente montante é de cerca de R$ 2 bilhões. O pagamento do montante seria feito de forma parcelada. Essa previsão deverá ser mantida no novo projeto que for remetido à Câmara.
Além disso, a proposta que foi engavetada estabelecia a volta da amortização do financiamento imobiliário para o Instituto de Previdência e Assistência do MunicÃpio (Previ-Rio) e não mais para o Funprevi. Vale lembrar que o fundo é gerido pelo instituto. Outra ideia no projeto era passar o valor arrecadado com a taxa de administração dos empréstimos consignados para o Previ-Rio. Não se sabe, por ora, se essas medidas serão mantidas na nova mensagem.
O valor exato do déficit previdenciário de 2019 foi estimado em R$ 985 milhões. Ou seja, o fundo entra o ano com um rombo do maior que o previsto no inÃcio de 2018 (de R$ 700 milhões), o que preocupa aposentados e pensionistas sobre eventuais riscos de não pagamento dos proventos.
O déficit do ano passado, porém, foi coberto devido à implementação de uma série de ações, entre elas a taxação de inativos e a regulamentação do abono-permanência (pago aos servidores ativos que já preencheram todos os requisitos para a aposentadoria mas permanecem na ativa).
Neste último caso, a prefeitura passou a cobrar contribuição previdenciária de quem tinha o benefÃcio. Antes, não havia desconto, e o fundo deixava de arrecadar tanto com a taxa patronal — paga pela prefeitura — quanto com a alÃquota aplicada sobre os salários das categorias.
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