Rio - Depois de anunciar, há pouco mais de uma semana, que os cargos deixados por servidores da União que se aposentarem não serão repostos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um alerta ao funcionalismo nesta segunda-feira. Guedes disse, em evento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Brasília, que, sem a Reforma da Previdência, a "primeira coisa que vai acontecer é a interrupção do pagamento de salários”.
O ministro ressaltou que o Estado Brasileiro está quebrado, e, diante disso, o primeiro a ser afetado será o servidor público. Aliás, a declaração de Guedes vem em meio às articulações das categorias da União —principalmente de representantes da Frentas (Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público) e do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) — na Câmara dos Deputados.
Os servidores querem alterar pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6 da Reforma da Previdência: pretendem criar regras de transição aos que entraram no setor público até 31 de dezembro de 203, e evitar que a progressividade de alíquota previdenciária passe no Parlamento. Eles consideram esses itens inconstitucionais.
PEC evita colapso das finanças
O ministro da Economia defendeu que a reforma tem "várias dimensões favoráveis" e evita o "colapso das finanças públicas".
"São 200 milhões de brasileiros que precisam da reforma, mas existem 8 milhões que se beneficiam da fábrica de desigualdades e querem barrar a reforma", declarou ele, referindo-se à parte do funcionalismo público.
Ainda segundo Guedes, "quem votar contra está contra gerações futuras e a favor do colapso". "É simples assim do ponto de vista técnico. Você pode colocar com a roupa política que quiser", decretou.
Com informações da Agência Estadão Conteúdo
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