Em ato realizado no dia 10 de abril, na Câmara Federal, policiais federais acusaram presidente de traição à categoria - Divulgação/UPB
Em ato realizado no dia 10 de abril, na Câmara Federal, policiais federais acusaram presidente de traição à categoriaDivulgação/UPB
Por PALOMA SAVEDRA
Policiais civis e federais farão um protesto virtual, nesta terça-feira, contra a Reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro. Base eleitoral do presidente, os agentes de Segurança Pública vão 'invadir' as redes sociais de Bolsonaro, como Twitter e Instagram, com as seguintes hashtags: #AposentadoriaPolicialNãoÉPrivilégio e #AposentadoriaPolicialÉDireito. 
A mobilização, marcada como o 'Dia Nacional de Protesto Contra a PEC 6', é organizada pela União dos Policiais do Brasil (UPB). A Proposta de Emenda à Constituição 6, que institui a Nova Previdência, abrange regras para policiais federais e rodoviários federais, além de policiais civis estaduais e inspetores penitenciários.
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As categorias reclamam que o governo tem dado um tratamento diferenciado aos militares das Forças Armadas e PMs e bombeiros — cuja reforma previdenciária é prevista em projeto de lei separado. 
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E os policiais alegam que, assim como os militares, também exercem atividades de risco, mas que o Executivo tem ignorado isso e outras peculiaridades dos agentes de Segurança Pública. 
Esse tratamento diferenciado vem sendo alvo de críticas dos policiais, que já fizeram manifestações em Brasília. No dia 10 de abril, por exemplo, os agentes foram à Câmara dos Deputados e chamaram o presidente Bolsonaro de "traidor".
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Na ocasião, eles chegaram a se reunir com a líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que se comprometeu a fazer uma interlocução entre a classe e a equipe do Executivo. 
Já nesta segunda-feira, um dia antes do Twitaço, Hasselman anunciou a intenção do governo em fazer mudanças no parecer da reforma, entre elas o pagamento integral da pensão por morte de policiais federais. Segundo a parlamentar, a divulgação oficial dessa e de outras alterações no texto deverá ser feito pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, até terça-feira.