Câmara dos Deputados - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Câmara dos DeputadosMichel Jesus/Câmara dos Deputados
Por PALOMA SAVEDRA
Os policiais federais, rodoviários federais e legislativos não estão satisfeitos com o acordo feito pela bancada da bala com líderes partidários para abrandar regras de aposentadoria das carreiras. Os parlamentares decidiram apresentar destaque para diminuir a idade mínima exigida para os agentes irem para a inatividade. Mas as categorias pedem, na verdade, outra coisa: uma regra de transição mais suave. 
O acordo que os deputados da bancada da Segurança Pública construíram determina que, para os agentes que já estão na carreira, a idade mínima de aposentadoria será 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres). E na regra de transição fica mantido um pedágio de 100%.
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Mas, segundo o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paivas, os parlamentares e o governo não estão olhando para os policiais, já que o destaque que será apresentado não garante o que pediram. 
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"Esse acordo não nos atendeu. O que nós queremos é uma regra de transição diferente, pois essa daí não funciona. Temos pessoas a um ano para a aposentadoria e acabarão tendo que trabalhar cinco ou seis anos a mais. E era esse ponto que gostaríamos de resolver. Os próprios deputados fizeram acordo entre eles e não nos ouviram", declarou Paiva.
Para o presidente da entidade, os parlamentares que representam os agentes de Segurança Pública "falharam". "Se havia alguém que poderia nos defender era a bancada da bala, que tem muitos deputados do PSL. Mas eles e o governo nos deixaram na mão. Continuamos com esse sentimento", reclamou. 
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Edvandir Paiva, em um dos atos realizados por policiais federais e rodoviários federais em defesa da aposentadoria especial - Julio Franca/ divulgação ADPF
Paiva explicou que, a princípio, os policiais pediam o mesmo pedágio que o que está sendo proposto aos policiais militares: e 17% sobre o tempo que falta para se aposentar. Mas diante da dificuldade de isso acontecer, tentaram negociar um pedágio de 50% até.
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"Tentamos reduzir, pelo menos, para 50% essa regra de transição, mas não mudaram. E esse 
não é o tratamento que esperávamos", afirmou Paiva.