Publicado 11/07/2019 18:38 | Atualizado 11/07/2019 18:41
Uma das maiores vozes favoráveis à Reforma da Previdência, o economista Paulo Tafner avaliou como uma "perda" para o país o fato de estados e municípios ficarem de fora do texto. À Coluna, Tafner ressaltou que, em algum momento, os entes terão que enfrentar suas casas legislativas para aprovarem reformas próprias ou não terão dinheiro para bancar salários.
O economista disse ainda que esse resultado da votação se deve ao posicionamento de alguns governadores do Nordeste, que, segundo ele, publicamente foram contrários à PEC 6, mas que "na calada da noite" apoiavam a Nova Previdência.
"Lamentavelmente, não houve como incluir estados e municípios. Seria positivo que fossem reincluídos no texto, pois ganhava-se tempo. Mas, agora, cada ente terá que enviar seus projetos às câmaras municipais e assembleias legislativas", opinou.
Para Paulo Tafner, "diante do populismo" de alguns chefes de Executivos estaduais, deputados desses estados decidiram, então, não se desgastar e empurrar para o próprio governador a responsabilidade de fazer uma reforma.
"Em parte, (a inclusão dos entes) não foi possível, pois havia governadores contra a reforma previdenciária e, ao mesmo tempo, querendo reforma na calada da noite. O populismo prevaleceu e iniciativa desse populismo foi de governadores do Nordeste. Houve governador que fez comício contra a reforma, mas depois falou ao (ministro) Paulo Guedes que estava torcendo pela reforma", afirmou o especialista, que acrescentou:
"Será difícil, no futuro, esses estados pagarem seus servidores e fornecedores, pois não haverá dinheiro. Eles (governadores) que se virem. Agora, esses (governadores) terão que enfrentar as suas assembleias legislativas. Teria sido melhor para o país e para o povo dos estados que não tivesse acontecido isso. O povo dos estados vai pagar tendo menos saúde, educação, segurança e investimentos", defendeu.
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