Como também era esperado, a Alerj recebeu a proposta que estende a validade do Fundo de Combate à Pobreza (FECP) até 31 de dezembro de 2023. E os deputados estaduais também votarão a matéria na mesma sessão extra em que o PL da calamidade será submetido ao crivo legislativo.
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A ampliação do estado de calamidade financeira é considerada fundamental por integrantes do Palácio Guanabara, já que, nesse período de exceção, o governo fica desobrigado a cumprir algumas determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). E o Rio ainda segue desenquadrado à LRF, com um endividamento acima do permitido desde 2016.
Aliás, na época em que o então governador em exercício, Francisco Dornelles, editou o decreto de calamidade, às vésperas das Olimpíadas no Rio, o estado estava com os gastos com pessoal acima do limite imposto pela lei.
Naquele ano, o Poder Executivo estourou o teto de despesas com salários: gastou 61,73% da receita corrente líquida com salários, sendo que o limite é de 49%. Depois, em novembro, a medida virou lei após passar pelo aval da Alerj.
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Na soma dos gastos com pessoal de todos os Poderes e órgãos, o Estado do Rio também estourou o teto naquele ano: as despesas alcançaram 73,31% da receita, acima de 60%.
Vale lembrar que, hoje, o cenário é outro e o Rio está cumprindo os limites da LRF.