Audiência de conciliação ocorreu no TJRJ nesta terça-feira - Luis Henrique Vicent/TJRJ
Audiência de conciliação ocorreu no TJRJ nesta terça-feiraLuis Henrique Vicent/TJRJ
Por O Dia
Agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) e o governo fluminense — representado por procuradores do Estado — celebraram um acordo, nesta terça-feira, em audiência com o presidente do Tribunal de Justiça (TJRJ), desembargador Claudio de Mello Tavares. O encontro, realizado no TJRJ, teve como pauta a greve dos servidores do Degase, que já foi suspensa. 
Os servidores vão aguardar, agora, a concessão das progressões ao 129 agentes de segurança socioeducativas, além da realização de concurso público para reposição de vagas. Após a implementação do Regime Adicional de Serviço (RAS) e do porte de arma (para defesa pessoal), essas são as últimas medidas cobradas pela categoria na paralisação que teve início na última terça-feira — mas que foi interrompida, temporariamente, após determinação judicial. 
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"Depois de muita conversa, conseguimos chegar a uma conciliação que agradou tanto os representantes do Degase quanto o governo do estado. Nossa preocupação maior é com os adolescentes que, no período da greve, tiveram feridos seus direitos fundamentais, como comparecer a audiências ou ir a consultas médicas. Felizmente, tudo vai se normalizar agora, após essa conciliação", explicou o presidente do TJ.
Concurso

No acordo firmado após quase duas horas de audiência, o Estado do Rio assumiu o compromisso de publicar, em 60 dias, edital para a realização de concurso público para o Degase que, segundo o sindicato, está com defasagem de pessoal.
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Estudo para as progressões

Representantes do Estado do Rio não prometeram as progressões funcionais, tendo em vista o período do Regime de Recuperação Fiscal. Os procuradores, no entanto, se comprometeram a estudar uma proposta, que será apresentada na próxima reunião, já agendada para o dia 14 de janeiro do ano que vem.

O presidente do Sind-Degase, João Rodrigues, questionou a política do governo, que já garantiu as ascensões na carreira para outras áreas, como para delegados e professores.
"Muito embora haja a consideração de sermos da área de segurança, estamos na Educação. As progressões estão acontecendo em todo o estado. Mas com a gente é diferente. Os professores tiveram progressão, isso não se enquadrou no Degase. Os delegados tiveram progressão, isso também não se enquadrou no Degase. É complicado", afirmou.