Ideia é que os deputados estaduais promovam audiência pública para discutir o tema antes de votação - Divulgação
Ideia é que os deputados estaduais promovam audiência pública para discutir o tema antes de votaçãoDivulgação
Por PALOMA SAVEDRA

Vai ficar para o ano que vem a criação do Teste de Integridade no Estado do Rio. Idealizado pela Controladoria Geral do Estado (CGE RJ), o exame para avaliar a conduta dos servidores — incluindo comissionados —, e que poderá provocar demissão, será implementado somente após passar pelo crivo da Alerj. E, segundo fontes da Coluna, o projeto não está finalizado. E só deve ser encaminhado no primeiro semestre de 2020.

Agora, a prioridade do governo é tratar do orçamento e de projetos que reforçarão o caixa do Rio. Tudo isso para evitar atrasos salariais e também problemas com pagamentos de fornecedores.

Vale lembrar que, por isso, passada a aprovação — na semana passada — da extensão da calamidade financeira até o fim de 2020, o Executivo focará na articulação para conseguir o aval de parlamentares às propostas que desvinculam receitas de fundos.

Sobre o Teste de Integridade, a intenção inicial era de que pudesse começar a ser discutido este ano, mas o projeto ainda passa por arremates. E a Controladoria quer ouvir mais especialistas no tema para finalizar o texto — o Ministério Público é um dos órgãos que estão sendo consultados.

Além disso, quando o PL chegar ao Legislativo, a ideia é de que já haja um alinhamento com a Casa para a realização de audiências públicas. A costura política e a avaliação do melhor momento para enviar o projeto são comandadas pelo secretário da Casa Civil, André Moura.

Fins administrativos

Ainda que o projeto não esteja pronto, alguns pontos já estão. Um deles é de que a prova obtida pelo Teste de Integridade não servirá para fins criminais, pois isso seria inconstitucional.

Como explicou à coluna, em 24 de agosto, o controlador-geral, Bernardo Barbosa, o exame será para combater a corrupção e terá fins administrativos: "Entenda-se, improbidade administrativa".
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Quem for flagrado cometendo ato ilícito, será demitido. A dispensa, porém, ocorrerá após uma investigação e direito de defesa do servidor.
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