Integrantes do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal já foram ouvidos em outras audiências na Alerj - Paloma Savedra / Agência O DIA
Integrantes do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal já foram ouvidos em outras audiências na AlerjPaloma Savedra / Agência O DIA
Por PALOMA SAVEDRA
Após a reunião que integrantes do Fórum de Servidores do Estado do Rio terão com o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), na próxima quarta-feira, para tratar do reajuste salarial, os parlamentares vão agendar uma audiência pública para discutir o tema. E o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do Rio deverá ser convidado a participar do encontro. 
Presidente da Comissão de Servidores, Bruno Dauaire (PSC) — que também participará da reunião com Ceciliano — levantou a necessidade de ouvir também o comitê que acompanha a recuperação fiscal do Rio. Ele vai acertar com o presidente da Alerj uma data para a audiência após o encontro com o funcionalismo. 
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"Após a reunião de quarta-feira, vou deliberar com o presidente uma data para a audiência pública, assim como fazemos com todos os temas que chegam à Casa. São 30 entidades assinando o documento (que reivindica a derrubada dos vetos à recomposição salarial ao funcionalismo). E também vamos ouvir o Conselho Fiscal", declarou Dauaire. 
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Protocolo na presidência e Comissão de Servidores
Os servidores foram ontem à Alerj para iniciar um movimento pela derrubada dos vetos do governador Wilson Witzel aos dispositivos da LOA (Lei Orçamentária) de 2020 que garantiam a recomposição pelas perdas inflacionárias.
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Integrantes do Fórum de Servidores do Estado do Rio protocolaram ofício endereçado à presidência da Casa e à Comissão de Servidores pedindo audiência para discutir a situação do funcionalismo, além da derrubada dos vetos.
Depois de encaminhar o documento — assinado por dezenas de entidades em reunião realizada na sede do Sindjustiça, na última quarta-feira —, o grupo conseguiu agendar a reunião com Ceciliano.
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Categorias apontam defasagem
Muitas categorias tiveram o último reajuste em 2014, mas algumas outras carreiras — como docentes da Uerj — enfrentam uma defasagem salarial há muito mais tempo.

"Nós da Uerj estamos desde 2001 sem recomposição salarial. Mas neste momento estamos juntos com os demais servidores estaduais por uma recomposição emergencial. Acreditamos ser uma questão de sobrevivência do funcionalismo do estado a derrubada dos vetos do governador", disse Renata Gama, segunda vice-presidente da Asduerj (Associação de Docentes da Uerj).

Presidente da Assemperj, associação que representa servidores do Ministério Público, Flávio Sueth ressaltou que as categorias não estão pleiteando aumento salarial, mas a reposição inflacionária.

"A recomposição inflacionária é um direito de todo trabalhador e está prevista tanto na Constituição Federal quanto nas regras do Regime de Recuperação Fiscal. E os servidores estão sem revisão desde 2014", afirmou.