Ministro da Economia, Paulo Guedes quer regras do setor público iguais às da iniciativa privada - Cris vicente/Divulgação
Ministro da Economia, Paulo Guedes quer regras do setor público iguais às da iniciativa privadaCris vicente/Divulgação
Por PALOMA SAVEDRA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta segunda-feira o congelamento salarial de servidores públicos. O titular da pasta negocia com o Senado a liberação de ajuda financeira aos estados e municípios desde que sejam vetados, por pelo menos um ano e meio, reajustes às categorias.
Nesta manhã, Guedes declarou que, diante da crise, é preciso que o funcionalismo "mostre que está com o Brasil" e colabore com as finanças públicas.
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"Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia, assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego", afirmou. 
"Eles (servidores públicos) vão colaborar, eles vão ficar sem pedir aumento por algum tempo", acrescentou.
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Divergências em projeto
O projeto de ajuda emergencial aos estados e municípios para minimizar os impactos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus ainda está em um impasse no Senado.
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Na forma como foi aprovado na Câmara, o texto libera R$ 89,6 bilhões para a União recompor perdas de ISS (municípios) e ICMS (estados) aos entes pelo período de seis meses.
Paulo Guedes mostrou resistência à medida e propôs liberar pouco mais de R$ 70 bilhões. Os governadores e prefeitos, porém, afirmam que o valor não é suficiente.
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Agora, a proposta segue em negociação no Senado. A ideia da equipe econômica do governo federal é incluir no texto contrapartidas aos entes, entre elas, o veto a reposições salariais por, pelo menos, um ano e meio.
Nos bastidores, essa exigência tem sido criticada por alguns gestores e parlamentares. Eles afirmam que não haverá condições financeiras para os governos municipais e estaduais reajustarem salários. E que a inclusão dessa contrapartida não teria sentido.
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Dizem ainda que o momento é de auxiliar os entes sem fazer exigências. Por outro lado, governistas rebatem e ressaltam a necessidade de frear gastos públicos.