O ministro Paulo Guedes - Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
O ministro Paulo GuedesMarcello Casal Jr/ Agência Brasil
Por O Dia
Em videoconferência nesta quinta-feira com a Comissão Mista de Acompanhamento das Medidas Relacionadas ao Coronavírus, do Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou o pedido para que deputados e senadores incluam o congelamento salarial de servidores como contrapartida no projeto de auxílio aos estados e municípios. A medida alcançará o funcionalismo das esferas federal, estaduais e municipais. 
Guedes declarou ainda que é preciso deixar claro que os recursos financeiros que serão liberados pela União devem ser destinados à saúde e ao enfrentamento da pandemia, e não para "fazer política". E disse que o uso do dinheiro para aumentar salários seria uma traição ao povo.
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"Nós estamos conscientes: não pode faltar recurso para a saúde. Por isso, não pode ter aumento de salário, nenhum outro uso do recurso que não seja relacionado ao coronavírus. Senão, seria uma covardia contra o povo brasileiro se aproveitar do momento que a população brasileira está sendo abatida para fazer política, em vez de cuidar de saúde. Seria uma traição ao povo brasileiro inaceitável", declarou.

O ministro acrescentou ainda que negocia com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o aumento no valor do auxílio financeiro (a Câmara aprovou o desembolso de R$ 89,6 bilhões pela União). 
"Pedi socorro ao Senado, e o Senado está fazendo uma correção (incluindo a contrapartida). Estamos até ampliando o programa, mas com uma contrapartida. Passou de cerca de R$ 90 bilhões para R$ 120 a R$ 130 bilhões. Vai ser uma transferência enorme, mas isso não pode virar aumento de salários de servidores", reafirmou.