Ministro da Economia, Paulo Guedes - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Ministro da Economia, Paulo GuedesMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Por PALOMA SAVEDRA
Durante seminário virtual promovido nesta segunda-feira pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que os salários do alto escalão da administração pública (como o presidente e ministros) são baixos em comparação aos que são pagos na iniciativa privada. Na última quarta-feira (dia 9), Guedes disse que ocupantes de cargos do topo do setor público, como ministros do Supremo Tribunal Federal e Tribunal de Contas da União (TCU) ganham pouco. 
Guedes também disse que a reforma administrativa vai criar meritocracia para servidores, ressaltando que, ao ingressarem no serviço público, já começam ganhando muito em relação ao setor privado. Segundo ele, há muita "dispersão" na administração pública, e é preciso corrigir essa distorção.
Publicidade
"Um jovem recém-aprovado em um concurso ganha um salário relativamente alto e um funcionário de alto escalão ganha um baixo em relação à iniciativa privada", declarou Guedes, que voltou a citar o ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida:
"Sempre dou o exemplo do Mansueto Almeida, que era um funcionário exemplar que nos deixou para ganhar múltiplos e múltiplos e múltiplos do que ganhava aqui. Aqui o salário dele era 20% acima de um recém-admitido no sistema Judiciário", disse Guedes.
Publicidade
O titular da pasta também afirmou o que técnicos do ministério vêm declarando: que um funcionário público entra no setor público com remuneração acima da média do mercado, mas, em contrapartida, a diferença salarial entre o início e o topo da carreira é baixo. 
Segundo Guedes, isso desestimula a meritocracia: "A média salarial do funcionalismo é bem acima do setor privado. Há um privilégio de se ter estabilidade no emprego e uma média salarial acima (em relação) que a do setor privado. Havia uma dispersão muito baixa". 
Publicidade
O evento virtual, da CNM, é para discutir a reforma tributária, e tem a participação do presidente da confederação, Glademir Aroldi, além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).