Publicado 18/11/2020 06:00 | Atualizado 18/11/2020 13:02
Nos bastidores do governo carioca, os rumores são de que o segundo turno da eleição no Rio — disputado entre o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual, Marcelo Crivella (Republicanos) — pode interferir no pagamento do décimo terceiro salário do funcionalismo. Dois cenários são avaliados em meio ao duelo nas urnas.
Em um deles, fontes avaliam como forte a possibilidade de, no caso de a atual gestão — ou seja, Crivella — perder, o depósito atrasar ou de essa obrigação ser ‘empurrada’ para o próximo governo, em 2021.
No outro, levantam a hipótese de o crédito cair na conta dos 160 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas a poucos dias da eleição. Mas, para isso, contariam com receita extraordinária, já que há dificuldades de caixa. Aliás, a operação de antecipação de royalties que a prefeitura tentou fazer, e foi vetada, era para ajudar nesse pagamento.
Prefeitura: até dezembro
A prefeitura já informou que “trabalha para pagar (a gratificação) conforme a legislação vigente, ou seja, até dezembro deste ano”. Até o momento, porém, não divulgou uma data. Ontem, a coluna voltou a questionar o município sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Categoria cobra
Entre os servidores, a falta de um calendário do décimo terceiro é motivo de preocupação. Inclusive, em um ato simbólico que ocorrerá hoje na prefeitura, os professores da rede municipal vão cobrar do governo uma data para o depósito.
No fim do ano passado, o crédito do abono natalino dos servidores ativos, aposentados e pensionistas atrasou em meio aos bloqueios nas contas municipais por ordem da Justiça. Os arrestos foram para cobrir repasses que deixaram de ser feitos a Organizações Sociais, e, assim, pagar os terceirizados.
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