O quadro financeiro do Município do Rio de Janeiro é gravíssimo: segundo o futuro secretário de Fazenda do governo Paes, Pedro Paulo, a situação é tão extrema que a prefeitura se vê obrigada a priorizar despesas. E, por isso, não haverá dinheiro suficiente para quitar o 13º salário de todo o funcionalismo ainda este ano.
"Se pagar o restante (dos servidores que ganham mais de R$ 3 mil), vai desligar hemodiálise, vão faltar recursos para UTI dos hospitais. Existe um dilema nesse momento, e eles (atual governo) estão escolhendo o que se salva nesses últimos dias de 2020", declarou Pedro Paulo à coluna.
Nesse período de transição, ele tem acompanhado de perto os trabalhos da equipe fazendária, e também participou da primeira reunião que o prefeito interino, Jorge Felippe (DEM), teve na terça-feira com a atual chefe da Fazenda, Rosemary Macedo, e a equipe do Tesouro. A conversa só reforçou a situação alarmante do caixa da cidade.
RISCOS NA SAÚDE E PARA A FOLHA DE DEZEMBRO
“A conta deles, para manter o funcionamento dos hospitais e unidades de Saúde, é em torno de R$ 23 milhões, porque há fornecedores pressionando... As dívidas são tão grandes que eles estão ameaçando paralisar serviços básicos”, relatou o futuro titular da Fazenda. Pedro Paulo ressaltou ainda que a prefeitura poderá ter dificuldades para pagar os vencimentos de dezembro no início de janeiro:
“Se não tiver na conta da prefeitura, no dia 31, entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões, nós não teremos condição de pagar o salário de dezembro no 5º dia útil”. Com isso, o governo contará com a entrada de receita proveniente do ISS até o 4º dia útil de janeiro. “Se não houver esses recursos, não haverá como pagar uma folha de quase R$ 900 milhões”
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