Por O Dia

A proteção dos biomas brasileiros sempre foi uma das principais preocupações de ambientalistas mas, agora, cresce o interesse de empresários na sustentabilidade, e ela traz benefícios para os negócios. No caso da Forte Florestal, instituição responsável pela produção e gestão de árvores de madeira de lei, como mogno africano, teca e jequitibá rosa, o cliente garante a aquisição do produto, além de ajudar na proteção da Mata Atlântica.

"Nós fazemos toda a parte de limpeza da área, preparo do solo, aquisição das mudas, plantio e manutenção da floresta. Os empresários só precisam investir no nosso negócio e, a partir desse momento, nos encarregamos de todos os serviços", afirmou Felipe Passos, CEO da Forte Florestal. No Vale da Ribeira, região mais pobre de São Paulo, eles optam por fazendas privadas que tenham espaço de pasto desgastado ou com área de mata local ou Mata Atlântica, preservada pela empresa. 

Para além do viés mercadológico, a Forte Florestal garante que, ao optarem por sua madeira, os investidores deixam de consumir madeira proveniente da destruição de matas e, para Passos, essa já é a primeira medida sustentável. Segundo ele, a iniciativa permite que "consigam abastecer o mercado com as melhores madeiras e, com isso, evitar a extração de madeira de florestas nativas". 

Apesar da alternativa à madeira de extração, a principal medida sustentável da Forte Florestal é a proteção e manutenção da Mata Atlântica, que representa cerca de 45% do território utilizado, equivalente a 4,5 km². "Procuramos atuar em fazendas que têm uma área a ser recomposta, mas também fazemos produção de mudas nativas, fora das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Dependendo do caso, expandimos o espaço de plantio da Mata Atlântica e, se tiver alguma nascente desprotegida, reforçamos a floresta", explicou. 

Cuidados com seu carbono
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Na Iniciativa Verde, não é apenas a plantação de árvores que gera frutos. A organização do terceiro setor avalia a quantidade de carbono liberada por empresas, indivíduos e instituições para realizar a compensação de gases do efeito estufa com a recompensação de floresta de Mata Atlântica. Cada empresa que conseguir compensar o consumo de carbono, recebe o selo Carbon Free.  
Alem do Carbon Free, empresas podem ajudar de outras formas, como pelo projeto Amigos da Floresta, que planta árvores de Mata Atlântica doadas. Nesse cenário, empresas podem acompanhar o crescimento da mata, e ainda adotar uma determinada área.
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O primeiro passo da sustentabilidade também pode ser feito com a Iniciativa Ambiental a partir do inventário de emissões de gases do efeito estufa. Com os estudos, conseguem apontar qual a produção de carbono de cada empresa e, assim, tomar iniciativa para reverter o quadro.
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Plantação de bioma brasileiro
Proprietários rurais também podem fazer a sua parte com o Programa Plante Árvore, do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF). A iniciativa procura recuperar vegetação de áreas pertencentes aos biomas Mata Atlântica e Cerrado, ou restaurar espaços de mata ciliar.
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Para isso, proprietários rurais cadastrados no programa cedem a área de seu território com a vegetação deteriorada para que empresários interessados na reconstrução dos biomas atuem no financiamento do plantio, como alocação de mão-de-obra capacitada.
Durante todo o processo, o IBF atua na escolha das sementes, cultivo das mudas e escolha da área para o cultivo, além de orientar nos cuidados com o solo e cultivo e manutenção das árvores em um período de dois anos, sempre respeitando a maior diversidade possível das espécies da floresta.
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