Roupas coloridas e ruas amontoadas no embalado do samba anunciam a chegada do Carnaval. O Rio de Janeiro já está no clima dos foliões mas, por trás da beleza de fantasias, o alarme insustentável. Segundo a Comlurb, em 2019 foram coletadas 1.227 toneladas de lixo durante toda a operação de Carnaval. Para 2020, o conselho é procurar se divertir sem se esquecer da sustentabilidade.
Todos os anos, a conta é a mesma: uma festa para milhões que deixa um saldo negativo para meio ambiente, sociedade e saúde pública. "O cuidado com o meio ambiente deve existir durante o ano todo, mas o Carnaval é um momento ímpar. Nesse período, a quantidade de resíduos gerada alcança um pico muito acima do normal, então devemos fazer tudo o que pudermos para evitar o descarte incorreto desses resíduos", explicou Fernanda Iwasaka, analista de conteúdo do Instituto Akatu.
Folia consciente
O primeiro vilão é o querido glitter. Depois de retirado o brilho, sua composição de microplástico afeta todo o ecossistema marinho e, indiretamente, o organismo humano. Uma alternativa sustentável é o glitter biodegradável, feito de minerais naturais. Na hora das fantasias, Iwasaka recomenda usar a criatividade para reutilizar trajes de outros anos ou customizar uma roupa antiga.
Na rua, o problema é o descarte irregular de lixo, e a especialista tem a resposta. "As alternativas são carregar o próprio copo reutilizável ou tentar carregar o resíduo dentro de uma sacola para descartar corretamente", afirmou. Na hora de comprar bebidas, ela recomenda latas de alumínio, porque, além de ser mais valorizada para reciclagem, a coleta ajuda na renda de milhares de pessoas.
Comentários