Rio - A orla entre o Arpoador e Leblon, na Zona Sul, está sendo monitorada para detectar o comportamento dinâmico das praias ao longo do ano. O estudo, feito mensalmente desde abril, sob o comando do Núcleo de Estudos em Ambientes Costeiros da PUC-Rio, vai levantar dados e informações que permitam ao agente público decidir melhor quando e onde instalar estruturas provisórias nas praias, além de conhecer o risco potencial de danos à infraestrutura urbana em decorrência do impacto causado por ressacas.
Como ainda se trata de um projeto piloto, o raio-x está limitado no trecho do Arpoador ao Leblon, mas a expectativa do professor Sérgio Cadena, que coordena o monitoramento, é ampliar o estudo por toda orla carioca. "Esse é um trabalho que já deveria ter sido feito, antes da ocupação do litoral, pois nunca existiu um mapeamento das praias. Queremos identificar a variabilidade ao longo do ano, observando os sedimentos (areia) e a movimentação das ondas, ventos e mares", explicou Cadena.
Uma vez ao mês, os alunos da graduação e pós-graduação da universidade que integram o núcleo se dividem em quatro pontos da praia e, por meio da metodologia de baliza, pelo nivelamento topográfico, fazem as leituras e comparam os perfis, o que permite detectar a variação da forma da praia de acordo com dia e hora. "Entre verão e inverno temos a mudança natural da praia, por conta da variação da energia das ondas. No verão, elas tendem a trazer areia na área submersa, fazendo com que a praia fique mais larga", destacou o professor.
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