O maior parque natural urbano do estado abriga até casa temática para abelhas - DIVULGAÇÃO
O maior parque natural urbano do estado abriga até casa temática para abelhasDIVULGAÇÃO
Por Estagiário Gabriel Thomaz

Quem pensa que a função da abelha se resume apenas na produção de mel está muito enganado. Entre as cerca de 300 espécies nativas do inseto existentes no Brasil estão as chamadas abelhas sem ferrão, responsáveis pela polinização das flores e saúde das florestas. No Rio, o projeto 'Natureza Doce' estuda esses animais e mantém cerca de 14 espécies na 'Trilha do Mel', localizada no Parque Estadual da Pedra Branca, uma das maiores florestas urbanas do mundo, com 12,5 mil hectares.

"Além da questão da polinização, as abelhas são importantíssimas para as florestas já que são bioindicadoras da qualidade ambiental do Rio de Janeiro. Sem elas, podemos dizer que florestas deixariam de existir", revelou Geraldo Espíndola, biólogo de Furnas. "Existem dois grandes grupos de abelhas no Brasil. Temos as nativas, que são oriundas do nosso território, e as europeias e africanas, que não são naturais do nosso país", explicou.

O projeto 'Natureza Doce', que é apoiado por Furnas, foi criado em 2011 com o objetivo de promover educação e conservação ambiental para a proteção, reprodução e divulgação das espécies de abelha sem ferrão. No Parque Estadual da Pedra Branca, os visitantes podem interagir com essas abelhas, que são armazenadas em pequenas casinhas, além de conferir espécies exclusivas.

"Encontramos no Parque a abelha Guiruçu, que até o momento não foi identificada e registrada em nenhum outro local do estado do Rio. Uma curiosidade da espécie é que ela vive no solo, ou seja, sua colmeia é localizada no chão da floresta", esclareceu Espíndola.

AUMENTO DE VISITANTES

Segundo integrantes do projeto 'Natureza Doce', o cultivo de espécies de abelhas aumentou o número de visitantes do Parque Estadual da Pedra Branca. Interessados podem realizar o passeio de terça a domingo, e devem fazer agendamento pelo telefone 3347-1786.

"A melhor época do ano para visitar o projeto é durante a primavera e o verão. Isso porque é um período mais quente, que possibilita o maior florescimento de plantas, o que resulta na maior atividade das abelhas. Além disso, temos equipes que podem ir até escolas para explicar a importância das abelhas no meio ambiente", disse Espíndola.

*Sob supervisão de Angélica Fernandes

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