Rio GuanduDaniel Castelo Branco
Por ANGÉLICA FERNANDES
Publicado 16/12/2018 03:00 | Atualizado 16/12/2018 15:12

Rio - Está na plantação de florestas a resposta para redução de gastos no tratamento de água de uma das maiores estações do mundo. Estudo feito por instituições ambientais mostra que a Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, que abastece 92% da população da Região Metropolitana do Rio, economizaria R$ 156 milhões em 30 anos se 3 mil hectares de florestas da bacia do Guandu fossem restaurados.

Segundo o relatório 'Infraestrutura Natural para Água no Sistema Guandu, no Rio de Janeiro', se produtores rurais, empresas, o estado e a Cedae (responsável pela ETA Guandu) incentivarem a preservação das áreas naturais remanescentes e o plantio de florestas em 3 mil hectares em áreas degradadas cerca de 1,4% da bacia, a quantidade de terra, sujeira e sedimentos que chega nos rios reduziria em 33%.

Com menor quantidade de sedimentos, a ETA Guandu deixaria de usar 4 milhões de toneladas de produtos químicos e 260 mil MWh em energia, gerando o retorno do investimento de 13%, compatível com os resultados financeiros de obras no setor. A primeira etapa do relatório avaliou o Sistema Cantareira, em São Paulo. O saldo seria redução de R$ 219 milhões em 30 anos com restauração florestal de 4 mil hectares. O estudo foi produzido pelo WRI Brasil, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e The Nature Conservancy (TNC).

Para mobilizar a sociedade sobre a restauração florestal, a TNC lançou a campanha Restaura Brasil, com o objetivo de contribuir com 1 bilhão de árvores restauradas até 2030, o que representa 400 mil campos de futebol de novas árvores. O projeto recolhe doações com quantia mínima de R$ 20 por árvore restaurada. Informações no www.tnc.org.br.

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