Coleta de sementes, já iniciada, e plantio de mudas são a primeira parte do projeto de restauração - divulgação
Coleta de sementes, já iniciada, e plantio de mudas são a primeira parte do projeto de restauraçãodivulgação
Por LUIZ ALMEIDA

Niterói está com um ambicioso projeto de reflorestamento de manguezais e de áreas de restinga e de florestas nativas da Mata Atlântica. Para tanto, a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (Smarhs) tem coletado sementes de espécies variadas — aroeira, palmeira baixa, sófora, pitanga e ipomea —, que serão cultivadas e, em seguida, ao longo dos próximos meses, terão as mudas plantadas em diferentes pontos do município. No total, vão ser mais de 200 hectares reflorestados — equivalente a dez campos de futebol.

De acordo com a Smarhs, a coleta das sementes e o futuro plantio das mudas são parte de um projeto de restauração da Mata Atlântica nativa. O programa foi recentemente aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o investimento total será de R$ 3 milhões.

"A cidade avança cada vez mais para proteger suas áreas verdes e recuperar os fragmentos de florestas. Assim como outros projetos municipais, objetivo é proteger o ecossistema para essas e as futuras gerações", destaca Eurico Toledo, secretário de Meio Ambiente.

A coleta das espécies nativas atualmente tem sido feita por uma equipe de engenheiros florestais do Departamento de Áreas Verdes da Secretaria de Meio Ambiente. Em seguida, as sementes são enviadas para o viveiro da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), no Morro da Boa Vista, no bairro de São Lourenço. Já o plantio será feito por moradores e pescadores que estão sendo cadastrados — eles vão receber uma bolsa diária de R$ 50.

Após cultivadas na Clin, as mudas serão plantadas em diversas regiões da cidade. Vão ser contempladas as ilhas Pai, Mãe e Filha, na enseada de Itaipu, e do Veado, em Piratininga. As quatro vão receber um mix de sementes e mudas. O programa prevê ainda a recuperação de 65 hectares de manguezal.

Já as praias de Itacoatiara, Piratininga, Camboinhas e Itaipu e o entorno da Lagoa de Itaipu também receberão mudas nativas da Mata Atlântica. O Morro da Viração em Charitas, por sua vez, ganhará 86 hectares de vegetação reflorestada. Segundo a Smarhs, no local será reintroduzida a palmeira Juçara — a espécie serve de alimento para mais de 70 espécies animais, entre aves, mamíferos e lagartos.

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