"As imagens que produzimos e divulgamos de mulheres, homens, LGBT's, negros, indígenas, brancos e amarelos contribuem para determinar os papéis a que cada um terá acesso e direito de desempenhar na vida social. O cinema tem uma importância na promoção da igualdade, da tolerância e do respeito", defende Paula Alves, que divide a curadoria com Eduardo Cerveira.
HOMENAGEADAS
O evento exibirá 64 produções, muitas inéditas no Brasil, de 18 países e terá três homenageadas: a cineasta Sandra Werneck, a produtora Vania Catani e a atriz Laura Cardoso. "Este festival é muito importante. Divulga o olhar feminino em todas as suas infinitas possibilidades de pensar o Brasil, a mulher e a sociedade", reforça Sandra. Realizado desde 2004, o festival teve um hiato de dois anos por falta de patrocínio. "Trabalhar com cultura e gênero sempre foi tarefa árdua, mais em momentos de crise, quando a área cultural é uma das primeiras a sofrer cortes. Mais o fato de presenciarmos uma onda conservadora na sociedade. Entretanto, questões de gênero, igualdade, direitos humanos e diversidade ganham mais espaço na mídia e nas redes sociais. Um exemplo é a proliferação de discussões sobre a sub-representação de mulheres e negros no cinema, temas que o FEMINA debate desde 2004", enfatiza a curadora.