Fernanda está desaparecida há 48 horas   - Arquivo Pessoal
Fernanda está desaparecida há 48 horas Arquivo Pessoal
Por Charles Rodrigues
 Após cerca de 48 horas de angústia e desespero, familiares e amigos da estudante Fernanda Gonçalves Marques de Resende, de 16 anos, enfim, foram agraciados com uma boa notícia. A adolescente foi resgatada, no início da noite de quarta feira, em um shopping, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, logo depois do caso ser divulgado no DIA Online e ter ampla mobilização nas redes sociais. Muito nervosa, a estudante não quis falar com a imprensa.
De acordo com a família, Fernanda, aparentemente, estava bem de saúde, mas abalada emocionalmente. “Ela fez contato comigo pelo celular. Parecia muito nervosa. Disse que estava no shopping. Ainda não sabemos o que ocorreu, contudo, o mais importante é saber que ela está viva. E que eu vou poder abraçar a minha filha”, disse, a mãe, a dona de casa Cláudia Gonçalves Marques, de 51 anos. “Agradeço aos amigos e familiares que se uniram em busca da Fernanda. Foi uma corrente do bem. Ainda existem pessoas boas. Isso faz valer a pena seguirmos”, emendou, emocionada, Cláudia.
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A estudante Fernanda Gonçalves estava desaparecida, desde a tarde da última segunda-feira, após sair de casa, em Botafogo, para trocar uma peça de roupa, em uma loja de departamento, a poucos metros da residência. A busca pela estudante mobilizou dezenas de pessoas nas redes sociais. Além das investigações da polícia, amigos e familiares se revezaram indo a locais onde, supostamente, Fernanda poderia ter passado. “Amigos, Fernanda foi encontrada. Agradecemos a todos pela ajuda”, dizia uma das postagens, compartilhada nas redes sociais, pela terapeuta e amiga da família, Jacqueline Rodrigues.
As causas e circunstâncias do sumiço serão apuradas pela Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA). Fernanda e a família receberão apoio de instituições sociais e amparo psicológico.
Conflitos familiares são gatilhos para desaparecimentos
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Com quase 30 anos de atendimento às famílias de crianças e adolescentes desaparecidos, o gerente do Programa SOS Crianças Desaparecidas da Fundação da Infância e Adolescente (FIA), Luiz Henrique Oliveira, cita os conflitos familiares como um dos principais gatilhos para casos de sumiços de jovens. “São casos semelhantes. As famílias, em muitos casos, postergam o tratamento preventivo, com psicólogos, e acabam deixando esses jovens em vulnerabilidade. Existe um rompimento e essas crianças vão para as ruas, ficando à mercê de uma rede de aliciadores”, esclarece Luiz Henrique.