Ordanael da Silva, de 70 anos, está desaparecido, desde a última sexta-feira, após falar com ativistas pelo telefone Arquivo Pessoal
Por Charles Rodrigues
Publicado 01/03/2021 16:42 | Atualizado 01/03/2021 16:52
Amigos e militantes buscam pelo paradeiro do ativista, do Movimento Negro no Rio de Janeiro, Ordanael da Silva , 70 anos, que desapareceu, na última sexta-feira, logo após falar com colegas por um aplicativo de mensagens.
Morador de Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio, Ordanael mora sozinho. O telefone celular foi desligado. No último domingo, amigos do ativista foram à casa dele e não encontraram vestígios de atos violentos ou outros crimes. Hospitais e abrigos da região não têm registros de entrada do militante.
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Ordanael faz parte da diretoria do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro (COMDEDINE-Rio), órgão ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos – SMASDH, e é atual vice-diretor do Centro Olympio Marques dos Santos (COLYMAR), instituição que tem por finalidade promover o fortalecimento do empreendedor Afro-brasileiro.
Na última quinta-feira, por volta das 23h, Ordanael falou, pela última vez, com a pedagoga e ativista Adélia Azevedo, de 77 anos, que estranhou o fato do sumiço repentino e da falta de retorno do amigo. Adélia faz parte do conselho administrativo do Colymar e, há cerca de 40 anos, conhece Ordanael, com quem é filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).
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“Ele é uma pessoa muito ativa e querida no movimento negro. Costumo falar com ele quase todos os dias. Na última vez que falei com ele, não aparentava estar com problemas com relação às suas ações no movimento ou acometido de nenhuma doença. Estamos preocupados e pedimos ajuda a todos. Quem souber notícias do Ordanael, por favor, avise à polícia”, reiterou a ativista.
Investigações - Amigos acreditam na possibilidade de o desaparecimento estar ligado a um mal súbito e acham pouco provável que o o sumiço tenha relação política ou com às ações do Movimento Negro. O caso, no entanto, será encaminhado à Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), que ficará responsável pelas investigações. Informações sobre o paradeiro do ativista podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177) ou à DDPA (21) 2202-0338 ou 2582-7129.
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