Publicado 29/11/2021 13:33
Há 5 dias, familiares procuram pela menina Thaylla Helena Santos Campos, de 13 anos, que desapareceu após sair de casa, no bairro Pechincha, na Zona Oeste do Rio. A adolescente levou a mochila e o aparelho celular.
De acordo com a mãe da estudante, a consultora de vendas Elaine de França Santos, de 34 anos, a filha teria saído de casa após um suposto conflito familiar. Apreensiva com a demora no retorno, Elaine comunicou o sumiço ao Conselho Tutelar e registrou o caso na 41ª DP (Tanque).
“Ficar com uma filha sumida, fora de casa, sem saber a localização, mexe muito com o nosso psicológico. Meu papel de mãe é lutar pelo bem estar da minha filha. Portanto, quem estiver com ela ou souber do seu paradeiro, por favor, me comunique. Ela só tem 13 anos!”, disse a consultora de vendas.
Conforme familiares, a adolescente chegou a fazer contato com a mãe, mas ainda não foi localizada. Informações sobre a Thaylla podem ser feitas ao Disque-Denúncia (2253-1177) ou ao SOS Criança Desaparecida (21 2286-8337/98596-5296).
Desaparecimentos de adolescentes têm maior número de registros, segundo Ministério Público
De acordo com dados do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o desaparecimentos de adolescentes, entre 12 a 17 anos, correspondem a aproximadamente 30% dos casos registrados, sendo o maior índice relativo no universo da pesquisa, que abrange cerca de 27 mil casos relatados.
De janeiro a outubro de 2021, foram registrados 3.268 registros de desaparecimentos em todo Estado do Rio de Janeiro, conforme dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Baixada Fluminense lidera em número de casos no estado, com 1.017 ocorrências, seguido da Zona Oeste e Norte do Rio, que juntas somam 801 sumiços.
Sumiços: conflitos familiares e aliciamentos pelas redes sociais têm sido recorrentes
Sumiços: conflitos familiares e aliciamentos pelas redes sociais têm sido recorrentes
Conflitos familiares correspondem a mais de 75% dos problemas relacionados aos desaparecimentos de crianças e adolescentes, segundo Luiz Henrique Oliveira, gerente do Programa SOS Crianças Desaparecidas, da Fundação para Infância e Adolescência (FIA). Oliveira, reitera, no entanto, que esses conflitos devem ser analisados de forma multifatorial, pois não envolvem só as famílias, mas deve ser visto como um problema social, onde as soluções passam pela participação das instituições especializadas e de toda sociedade.
“Os conflitos familiares, quando não administrados, são os principais motivadores dos desaparecimentos de adolescentes. Contudo, não podemos apenas achar que é um problema de família, mas fazer uma análise criteriosa e ampla. As soluções passam pela participação de diversos atores sociais”, explica Luiz Henrique, que ressalta a necessidade do diálogo franco entre pais e filhos, sobretudo quando o uso indiscriminado da internet pode colocar as crianças em riscos.
Lei da Busca Imediata garante o registro de ocorrência
Não é necessário esperar 24 horas para registrar o desaparecimento de uma criança ou adolescente. Conforme a lei, o usuário deve procurar imediatamente a delegacia de polícia civil mais próxima a sua residência para registrar ocorrência. A Lei Federal 11.259/2005 determina a investigação policial imediata em casos de desaparecimento de crianças e adolescentes.
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