Rio - "Aproxime-se. Porque quanto mais perto estiver, menos você verá”. Essa frase é dita várias vezes ao longo de ‘Truque de Mestre’, nova produção do diretor francês Louis Leterrier (‘O Incrível Hulk’). E isso não ocorre por acaso: como numa boa mágica, a intenção do filme é enganar o espectador, desviando seu olhar do ponto onde o verdadeiro truque acontece. Não se iluda: todos os eventos que se passam na tela vão além de uma simples história de perseguição. Mas isso você só vai saber no final.

Aqui, os agentes Dylan Rhodes (Mark Ruffalo), do FBI, e Alma Drey (a linda atriz francesa Mélanie Laurent), da Interpol, estão atrás de quatro mágicos que, durante uma apresentação em Las Vegas, transportam uma das pessoas da plateia até um banco em Paris para roubar todo o dinheiro do cofre. O que ocorre a partir daí é um jogo de gato e rato, envolvendo forças de segurança e o quarteto de ilusionistas (Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Isla Fisher e Dave Franco). O filme ainda reserva espaço para dois coadjuvantes de luxo: Michael Caine e Morgan Freeman — este último num papel fundamental para a compreensão do enredo.
A história é contada em ritmo muito acelerado, o que exige do espectador atenção durante as quase duas horas do filme. E é justamente aqui que ocorre um problema. Todo o desenrolar é mostrado de forma rápida e o mesmo acontece com o fim, que poderia ter uma velocidade mais reduzida. No entanto, isso não chega a comprometer a obra como um todo.
‘Truque de Mestre’ é o típico filme que esconde bem mais que aquilo que os olhos conseguem perceber. E esse é o seu grande mérito.