Por bianca.lobianco

Rio - Com diversas participações para lá de especiais, a apresentação "Cazuza: o poeta está vivo" reuniu na plateia várias gerações de admiradores do polêmico e carismático representante da música popular brasileira. Frejat e Maria Gadú abriram os trabalhos no Palco Mundo com as canções "Vida louca vida", "Down em mim" e "Exagerado".

Em ritmo mais cadenciado, Bebel Gilberto cantou "Eu preciso dizer que te amo" e se uniu a Rogério Flausino em "Solidão que nada" e "Nosso amor a gente inventa". O líder da banda Jota Quest lembrou os protestos e ressaltou a importância da renovação nas lutas políticas antes de cantar "Ideologia".

Maria Gadu, Paulo Miklos, Ney Matogrosso, Frejat, Rogério Flausino e Bebel Gilberto cantam em homenagem a CazuzaAndré Luiz Mello / Agência O Dia

O ponto alto da homenagem foi a entrada de Ney Matogrosso no palco. Ele prendeu a atenção do público e arrancou aplausos efusivos com "O tempo não para". A emoção tomou conta de todos quando ele cantou "Codinome Beija-Flor". 

Aos 72 anos, a energia demonstrada por Ney Matogrosso foi digna da bela noite de sexta-feira na Cidade do Rock. A plateia cantou junto com o ex-integrante do Secos e Molhados uma versão bem animada da politizada "Brasil".

Cazuza no telão

Ao som de "Mais uma dose", a banda Barão Vermelho entrou no palco enquanto passava um vídeo da participação de Cazuza no Rock in Rio de 1985. "Muita gente me pergunta o que o Cazuza estaria fazendo se estivesse vivo atualmente. Na verdade, eu não sei. O que eu sei é que ele ia estar adorando ver este povo nas ruas nas manifestações", celebrou Frejat, antes de cantar o "Blues da piedade".

Maria Gadu e o cantor Paulo Miklos se apresentam no primeiro dia do festival de músicaAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Paulo Miklos, do Titãs, também participou da homenagem. Na última música do show, "Pro dia nascer feliz", de uma estrutura acima do palco foram disparados fogos que arrancaram gritos dos presentes.

"Eu adorei tudo no show, achei bem emocionante. O momento que mais gostei foi quando o Ney cantou 'Codinome'. Cheguei a chorar! Acho que é unânime a opinião de que este foi o momento mais lindo do show", acredita Beatriz Strauss, de 21 anos, que viu a tudo acompanhada de sua mãe, Denise Azevedo.

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