Por daniela.lima

Rio - Tem Brigitte Bardot, Los Hermanos, Dominguinhos e outras figuras que vamos conhecendo melhor no escurinho do cinema. Mas a variedade temática do ‘É Tudo Verdade’ deste ano vai muito além de personagens famosos. Como uma vitrine para os documentários por aqui, o evento vê os assuntos se ampliarem a cada ano, mostrando que o gênero conquista cada vez mais espaço no mercado. Em cartaz até o dia 13 com sessões gratuitas em quatro cinemas cariocas — Centro Cultural Banco do Brasil, Espaço Itaú de Cinema, Oi Futuro Ipanema e Instituto Moreira Salles —, a 19ª edição da mostra reúne 77 títulos nacionais e internacionais e faz homenagem a Eduardo Coutinho (1933-2014). 

Cena de ‘Los Hermanos — Esse é só o Começo do Fim de Nossa Vida’Divulgação


“Cerca de um terço das estreias nacionais tem sido de obras não ficcionais. A maioria dos títulos selecionados para o festival tem conseguido estrear logo nas salas”, comemora o idealizador e diretor do festival, Amir Labaki. Mesmo assim, ele sabe que ainda há um longo caminho a se percorrer. “O desafio que se impõe agora é garantir condições mais favoráveis para a divulgação dos documentários, ainda com recursos escassos para a apresentação no mercado.”

Por falar em favorável, há um subgênero do documentário em ascensão crescente: o musical. “Há várias razões para isso. Primeiro, pelo fato de ser mais acessível: nas salas comerciais e em centros culturais, nas TVs e na internet. Segundo, por uma mudança formal, com uma maior preocupação em apresentá-los sob a forma de narrativas mais sedutoras para o espectador”, explica o diretor.

Foi dessa forma que Maria Ribeiro investiu em ‘Los Hermanos — Esse é Só o Começo do Fim de Nossa Vida’, filme que dirige sobre a banda carioca de rock alternativo. Dispensando padrões mais tradicionais e optando por algo mais intimista, ela acompanhou a última turnê dos barbudos, dentro e fora dos palcos. “O documentário nacional tinha uma dívida histórica para com a nossa rica tradição musical. Não surpreende que a popularidade de nossa música transfira-se para este subgênero”, analisa Labaki.

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