“Foi um choque, a gente não esperava! O lançamento foi das 19h à 1h da manhã”, comenta Paulo Cuenca, marido de Danielle e parceiro dela nos vídeos, além de ser o responsável pela edição. “Mas quem gosta de culinária são pessoas muito calmas, são gostosas, te dão um abraço, ninguém puxa o seu cabelo”, diverte-se a brasiliense.
O ‘I Could Kill For Dessert’ começou por acaso. Ela e o marido sonhavam abrir uma confeitaria em Amsterdã e Dani começou a estudar para montar um cardápio. “O Paulo estava estudando cinema e ele e os amigos acharam engraçado e resolveram me filmar”, lembra ela.
De lá para cá, ela foi se aperfeiçoando, com direito a um curso de pâtisserie e boulangerie na École Lenôtre, na França. O site, criado em 2011, hoje tem mais de 1,2 milhão de page views por mês. São mais 230 mil inscritos no canal do YouTube (com 1,9 milhão de views mensais), 119 mil seguidores no Instagram e quase 200 mil likes no Facebook. Dani tem um programa no canal por assinatura Food Network e faz participações semanais no ‘Dia Dia’, com Daniel Bork, na Band.
Antes disso, o casal tinha três lojas de sandálias Havaianas. Há oito meses, eles se desfizeram delas para viver do site e seus desdobramentos. “Fui para uma área de que gostava desde que me entendo por gente. Demora para você compreender como uma coisa tão simples de que você gosta de fazer pode se tornar uma fonte de renda”, conta Dani.
O trabalho chama atenção não só pelas receitas, mas pelo formato moderninho dos vídeos, os figurinos românticos da apresentadora e o cenário, cheio de objetos vintage. “Os fãs do site são pessoas que se interessam em geral por um lifestyle que a comida gera”, acredita ela. “O chef é o novo DJ: antes, as pessoas sabiam o nome das festas e dos DJs. Agora, é dos chefs”, brinca Paulo.