Por bianca.lobianco

Rio - Com o coro de “cachê dobrado”, os integrantes da banda Celebrare levantam as taças de espumante para festejar a nona edição de seu show de Réveillon no Clube Monte Líbano, na Lagoa. MC Marcinho e o DJ Marcelo Janot também abrem um sorriso de orelha a orelha quando justificam que o cachê é o principal atrativo para que eles consigam passar a virada longe da família animando a festa dos outros. Esses nomes fazem parte de um time de artistas que já são tradição e garantia de animação no Réveillon carioca.

Claudio Gurgel (E)%2C Xande%2C Marco Manela%2C Sylvia de Galhardo%2C Emerson Mardhine%2C Mario Grigorowski e Ricardo Diniz%2C do Celebrare%2C brindam mais um Réveillon na labutaMárcio Mercante / Agência O Dia

“Nosso público vai de 8 a 80 anos. Tem pessoas muito jovens que vão atrás de música bacana e tem aquelas que são cativas. É um ambiente familiar. O bad boy que quer brigar não vem no nosso show”, diz o idealizador do grupo Celebrare, Marco Manela.

Se engana quem pensa que a banda é ultrapassada e canta apenas hits dos anos 70 e 80. O músico Emerson Mardhine garante que eles também incluem músicas atuais em seu repertório. “A gente observa o público, a faixa etária, a quantidade de pessoas, para que o repertório consiga agradar a todos”, diz Emerson.
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Saindo da Lagoa e fazendo um pit stop no Morro da Urca, os festeiros vão encontrar nada menos que uma pista de dança fervendo ao som do DJ Marcelo Janot. Ele se prepara para assumir o comando nas pickups do local pelo terceiro ano consecutivo, mas há dez anos trabalha no Réveillon. “Toco para um público muito variado, desde turistas a gente que curte funk, samba e rock. Sei que não vou agradar a todos ao mesmo tempo, mas tento deixar a maioria feliz”, avalia Janot, que seleciona canções que têm a ver com a data.
“Busco tocar músicas com mensagens legais, com bons fluidos. ‘Do Leme ao Pontal’ e o samba ‘É Hoje’ são algumas dessas”, menciona. E se a coisa não tiver fluindo bem, Janot tem cartas na manga: ‘Happy’, de Pharrell Williams, e ‘Summer’, de Calvin Harris. “Se tocar essas duas, sei que todos vão dançar”.
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Não muito longe dali, MC Marcinho vai fazer muita gente rebolar até o chão no Ano Novo do hotel Royal Tulip, em São Conrado. Essa é a décima vez que ele vai cantar no local. “Me apresento em festa de Réveillon há 20 anos, mas no Tulip estou há dez. Faço tudo com muito carinho, canto com o coração”, frisa Marcinho. A cada ano, uma galera diferente e uma certeza: que quando ‘Tudo é Festa’ tocar, a pista vai pegar fogo. “Faço muita mistureba, canto sucessos novos, antigos, coisas de outros cantores. Mas sei que a azaração rola solta quando ‘Tudo é Festa’ começa”, avalia o cantor.
Para fazer valer a virada de ano longe da família, só mesmo cobrando um preço bem robusto. “É a hora que a gente pode dobrar o cachê. Já cansei de passar Réveillon sozinho, com o coração apertado. Eu ligava chorando para minha família quando dava meia-noite. Agora, consigo carregar minha mulher comigo”, conta.
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TERMÔMETRO
Quando os músicos do Celebrare veem uma pista lotada de mulheres, sabem que o evento vai ser bom. “Temos certeza que elas vão dançar, cantar e participar mais. Mas, na maioria das vezes, os homens também curtem muito. Prevalecem a alegria e a animação”, diz o vocalista Ricardo Diniz.
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Marcinho aposta na bebida como sua principal aliada. “As pessoas ficam mais soltinhas, animadas, desinibidas. Como sempre canto depois de meia-noite, as mulheres já estão até descalças”, diverte-se o cantor. Já Janot conta mesmo com seu ‘feeling’ para selecionar o melhor repertório.
“Não tenho pudor, toco quase todos os gêneros. Só não toco nada com letras de baixaria. As pessoas se sentem no direto de pedir música e se o pedido for feito com educação, eu procuro atender. Gosto de ver animação, gente dançando. Nada é mais deprimente do que ver um monte de homem de braços cruzados esperando apenas para dar o bote nas mulheres”, salienta Janot.
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