Por tabata.uchoa
Rio - O músico Marco André Oliveira é paraense, mas vive no Rio de Janeiro há trinta anos. Os sons da sua terra não apenas não saíram de sua mente, como ainda aparecem misturados com samba e música eletrônica em seu mais novo projeto, o CaBloco Muderno, que faz seu primeiro show no Rio nesta quinta no Teatro Rival. A apresentação é uma preparação para o desfile de estreia, que acontece no domingo de Carnaval, dia 15 de fevereiro, em Vila Isabel.
CaBloco Muderno mistura Rio e Pará em showMutantes Produções / Divulgação

"Demorou, foi caro à beça para trazermos o CaBloco para cá, mas conseguimos e em dois meses de existência por aqui já está bombando", conta o músico, que dirige o bloco, toca violão, guitarra e guitanjo (mistura de guitarra com banjo).

O CaBloco ensaia e ministra oficinas de percussão na escola de percussão Maracatu Brasil, em Laranjeiras. Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho e um dos sócios da escola, participa do show ao lado de Pedro Lúís, DJ MAM (parceiro de Marco numa música do bloco, 'Sambarimbó', unindo samba e carimbó) e de músicos dos blocos Sargento Pimenta, Thriller Elétrico e Empolga Às 9.
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Novidade no Rio, o CaBloco foi formado em Belém há dois anos e meio. Marco desenvolve desde 2000 um trabalho voltado "para as coisas do Amazonas, mas chamando a atenção para algo universal, não para essa coisa folclórica. Trazemos a guitarra do brega e do carimbó para dentro do samba. Começamos no Pará por termos mais facilidade de patrocínio em Belém. O bloco tem uma estrutura muito grande", diz Marco, dividindo os trabalhos com os percussionistas Marcio Jardim, Nazaco Gomes e Kleber Benigno (todos do Trio Manari), Douglas Dias (do Conservatório Carlos Gomes), Mestre Paulo Black (mestre de bateria da Escola de Samba Quem São Eles) e André Alcântara (mestre de bateria do Bole Bole).
Quem quiser se preparar para os shows, já pode escutar o CD do CaBloco, disponivel para download grátis no site da turma. Além de inéditas como 'Ei Julia' e 'Ê Cabôco', o bloco adianta misturas conhecidas e feitas para fazer o público pular. "A gente gravou 'Lindo Balão Azul', do Guilherme Arantes, com Pepeu Gomes na guitarra! E também gravamos 'Sonífera Ilha', dos Titãs. Sempre achei que essa música deles era um brega paraense!", completa.