Rio - Punk de butique é termo para a Inglaterra. No calor do Rio de Janeiro, o folião de butique ganha cada vez mais espaço, com o Carnaval de rua consolidado. E as grifes facilitam a vida das lindas meninas cariocas (e das turistas também — por que não?), lançando coleções de fantasias contagiantes.
Tem traje de Maria Bonita na Cantão, shorts e t-shirts coloridos na Shop 126 e araras e ninfas na Farm. “Além de criar uma coleção de Carnaval com inspiração bem brasileira, a nossa equipe colocou uma etiqueta em cada fantasia com uma proposta de maquiagem”, conta Kátia Barros, diretora de criação da Farm, que também vai cair no samba. A marca apresenta, pela primeira vez, o seu bloco, batizado de Meu Glorioso São Cristóvão. O grupo, que é composto por funcionários da grife, sai no dia 8 de fevereiro, em São Cristóvão, bairro em que a Farm tem fábrica. “Eles fizeram por seis meses aulas de surdo, repique, chocalho, caixa e tamborim para impressionar na bateria”, conta André Carvalhal, gerente de marketing da Farm.
Na Shop 126, o improviso virou moda. “Nossa inspiração foram as foliãs que adoram curtir o Carnaval com looks descontraídos. Aproveitamos as cores vivas e fizemos três camisetas diferentes. As clientes podem combinar as t-shirts com peças da coleção de verão”, ensina Beliza Coelho, analista de marketing da grife. Já Gledson Vinicius, cocriador da marca de camisetas Poeme-se, homenageia Noel Rosa. “A poesia é a matéria-prima do samba”, filosofa.